Não são poucas as opções em carreiras públicas, nas mais diversas áreas. Diante de tantos editais publicados todas as semanas, o ano de 2015 se mostrou atraente para que busca ingressar em algum dos Tribunais Regionais Eleitorais, os famosos TRE's, espalhados pelo país. Vários estados lançaram editais para preencher as vagas de Técnico e Analista Judiciário, carreiras no órgão.
Os candidatos se preparam muito, pois esses concursos costumar demorar a abrir, sabendo que a validade deles é de 2 anos, podendo haver prorrogação pelo mesmo período. A concorrência também é alta, sendo que só nesse ano foram mais de 8 mil candidatos inscritos no estado do Acre concorrendo a apenas 3 vagas no TRE-AC, e mais de 41 mil inscritos para 14 vagas no Maranhão (TRE-MA).
Em julho, deste ano, o Plenário do Senado aprovou o projeto de lei da Câmara (PLC 25/2015) criando 332 cargos efetivos e 3.207 funções comissionadas nos TRE's. A proposta de iniciativa do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tornou-se indispensável para se assegurar um contingente mínimo de pessoal às 166 zonas eleitorais criadas após a Lei nº 10.842/2004. Criaram-se novas oportunidades de lotação nos Tribunais Eleitorais do estado de Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe.
A Justiça Eleitoral brasileira é um ramo especializado do Poder Judiciário, criada em 1932 e composta pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e pelos 27 Tribunais Regionais Eleitorais (TRE), sediados nas capitais dos Estados e no Distrito Federal.
Não faltam razões para começar os estudos não é verdade? Para lhe ajudar, nós preparamos 5 motivos para você prestar algum concurso nos diversos TRE's do país. Vamos lá?
1. Salários
É bem provável que este seja o primeiro item que você procura quando escolhe prestar um concurso, não é verdade? Pois as remunerações nos TRE's são acima da média de outros órgãos públicos. Servidores que ocupam cargos de nível médio (Técnico Judiciário) recebem, no início de carreira, R$ 5.425,79, enquanto que servidores de nível superior ganham em torno de R$ 8.800,00, sem contar os benefícios de auxílio alimentação, auxílio pré-escola, VPI (Vantagem Pecuniária Individual) em épocas de eleição, pagamento de horas extras e as escalas de plantão durante os meses que antecedem as eleições, situação em que os servidores ganham dois dias de folga a cada dia em que permanecerem a serviço da Justiça.
Há ainda o projeto de reajuste dos vencimentos dos servidores do Judiciário tramitando na Câmara dos Deputados, que propõe aumento entre 53% e 78% dos vencimentos até 2019, podendo elevar a remuneração inicial dos técnicos para R$ 8 mil e dos Analistas para R$ 12 mil.
2. Plano de Carreira
O plano de carreira dos Tribunais é outro ponto que chama atenção. Ele prevê adicional de qualificação para pós-graduações, mestrados, doutorados e cursos livres, que podem aumentar em até 15,5% a remuneração básica do servidor. Segundo a Lei n. 12.774/12, que alterou o plano de carreira dos integrantes do Poder Judiciário Federal, técnicos que iniciam com uma remuneração de R$ 5.000,00, após doze anos recebem em torno de R$ 9.000,00 e os Analistas podem ter vencimentos de até R$ 14 mil, em final de carreira.
3. Escolaridade
Não há exigência de experiência prévia. Os concursos são realizados para preenchimento de vagas que exigem Ensino Médio completo para Técnicos e Ensino Superior para Analistas. As vagas costumam ser distribuídas por especialidades e exigem formação específica na área de atuação. Os técnicos poderão ter exigência ainda de cursos nas suas áreas, como é o caso em Tecnologia da Informação e Operação de Computadores.
4. Nomeações
A publicação dos editais normalmente não traz um grande número de vagas, muito pelo contrário, são poucas oportunidades para cada área de atuação. Mas não desanime, como a validade da seleção pode chegar a 4 anos, é comum haver nomeações em número de 5, 6 vagas a mais do que as vagas abertas inicialmente pelo edital.
A rotatividade também é grande. Analisando as últimas convocações feitas em alguns estados, incrivelmente nota-se que muitos não tomam posse nos cargos. A grande maioria dos aprovados nestes concursos, por exigir uma preparação árdua, também passa em outras seleções, o que deve ser um fator determinante para o baixo número de posses. Há ainda as desistências daqueles que fazem provas em outros estados, e não têm o interesse de mudar de residência. Desta forma, os Tribunais precisam nomear outros aprovados para ocuparem estes cargos, então vagos.
5. Bancas Confiáveis
A responsabilidade destes concursos fica geralmente a cargo de grandes bancas, confiáveis e conhecidas, como é o caso da Fundação Carlos Chagas (FCC) e do Centro de Seleção da Universidade de Brasília (Cespe). São duas das maiores comissões do ramo, sendo extremamente competentes e sérias em seu trabalho.
Concursos em 2015 e 2016
Este ano se mostrou atrativo para aqueles que buscam ingressar em algum TRE. Além das seleções já realizadas nos Tribunais Eleitorais dos estados do Maranhão (TRE-MA), Sergipe (TRE-SE) e Acre (TRE-AC), há seleções abertas a partir de setembro na Paraíba (TRE-PB), Mato Grosso (TRE-MT) e Amapá (TRE-AP).
Há ainda a previsão de abertura entre o final deste ano e início de 2016 nos estados do Piauí (TRE-PI), Pernambuco (TRE-PE), Rio Grande do Sul (TRE-RS) e Paraná (TRE-PR). Portanto, inicie já seus estudos pois a concorrência tende a ser enorme em cada um destes estados.
Para ficar por dentro de todos estes concursos, acompanhe o site e fique bem informado das seleções abertas diariamente pelo país.
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