Hipócrates, no seu tempo, recomendou: "Que seu remédio seja seu alimento, e que seu alimento seja seu remédio".
Para ter bons resultados em concursos públicos, não basta somente dedicar-se aos estudos e ao cuidado da mente (concentração, memorização, etc). É importante cuidar de outras áreas de nossa constituição biológica. Afinal, é um corpo físico que carrega o nosso cérebro e tudo está interligado. Quando uma parte não vai bem, a outra da mesma forma padece.
O maior erro é ter uma visão dualista do ser humano, isto é, acreditar que o corpo e a mente são duas coisas separadas, que não possuem interconexão entre si. Por isso, uma das maiores recomendações aos concurseiros é de que é preciso cuidar da saúde também, apostando em uma alimentação saudável, entre outras dicas. Comer bem proporciona diversos benefícios, que não somente beneficiam a saúde do corpo, como também da saúde mental e, até, emocional do ser humano.
Como se manter motivado em época de escassez de concursos
Alimentação x Aprendizado
Por mais que possa não parecer, a alimentação tem um papel importantíssimo na qualidade da saúde mental, isto é, no aprendizado, memorização, assimilação, raciocínio, etc. Além disso, não somente o que a pessoa ingere de alimentos impacta na saúde do cérebro e na disposição física, como também a maneira como a pessoa se alimenta. Isso tem relação direta a ações básicas de nosso dia a dia, como a velocidade e a maneira da própria mastigação durante o consumo dos alimentos.
O nosso organismo gasta energia enquanto mantém suas atividades vitais durante um dia. Inclusive, grande parte dessa energia é gasta durante o processo de alimentação, como a mastigação e, depois, a digestão. Portanto, ao se alimentar de forma calma, com mastigação completa e lenta, além de apostar em alimentos leves e saudáveis, faz com que o organismo necessite de menos energia para a digestão, não resultando naquela sensação de peso e cansaço após as refeições.
Portanto, não só é importante se preocupar com o que comemos, mas também como comemos. E isso inclui, também, a quantidade de vezes em que nos alimentamos no dia. A esmagadora maioria das recomendações nutricionais indica que o certo é comer de 3 em 3 horas, para manter o metabolismo funcionando e ativo. Além disso, apostar em alimentos integrais e ricos em fibras, faz com que o corpo realize a digestão de forma mais lenta, proporcionando saciedade e energia ao organismo por mais tempo.
E isso impacta, diretamente, na qualidade do momento de estudos. Com o corpo mais saciado e com energia, a disposição para as horas de estudos aumenta e, com ela, o cérebro funcionará de forma mais qualificada, proporcionando boa concentração e raciocínio durante as leituras.
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Outra dica importante é manter o corpo hidratado, consumindo muita água. O recomendado é de seis a oito copos de água por dia, e isso não inclui a água presente em cafés, chás ou sucos. Deve ser água pura mesmo. Um corpo hidratado funciona com mais energia, proporcionando bem estar e equilíbrio para todas as partes do corpo, membros e órgãos. A sede é um sinal de que necessidades orgânicas básicas estão faltando, o que pode prejudicar muito além do que se imagina a saúde como um todo. Portanto, o ideal é não esperar sentir sede para beber água. Vale tomar outros líquidos também, desde que a água não seja substituída e, de preferência, que bebidas com muito açúcar sejam evitadas.
Quando o estudante realiza a programação das horas de leituras - como um Plano de Estudos - é importante prever os momentos de alimentação. Com isso, o concurseiro evita ficar muitas horas sem se alimentar, causando os prejuízos previstos conforme comentado acima. Ao estar concentrado e absorto nas leituras, pode ocorrer do estudante não perceber as horas passarem e acabar pulando refeições importantes. Portanto, incluir no cronograma os momentos das refeições é válido e só traz benefícios.
Mente x Alimentação
Nosso corpo funciona a base de energia, portanto, precisamos de "combustíveis" necessários para que ele esteja em equilíbrio e com o funcionamento adequado. Além do que está no externo, isto é, o corpo físico, aquilo que está em nossa constituição interna - órgãos, corrente sanguínea, ossos, etc - mesmo que não vejamos, precisa tanto de atenção e cuidados como a pele e os músculos, ou seja, a aparência física.
O cérebro é o órgão principal das nossas funções mentais, onde funciona toda a atividade referente aos pensamentos, comportamentos, necessidades, emoções, raciocínios, etc. Para que ele possa estar funcionando plenamente de suas capacidades, são necessários "combustíveis" como oxigênio, glicose, vitaminas, minerais, aminoácidos, etc. Sem esses importantes compostos, 15 minutos apenas seria o suficiente para gerar inconsciência nas atividades mentais. Portanto, a alimentação está diretamente interligada ao que acontece em nosso cérebro (e ao corpo como um todo, claro).
Para, então, cuidar da mente através da alimentação, abaixo listamos dicas de algumas substâncias que auxiliam na saúde da mente e em qual alimentos são encontrados:
- Fisetina: essa substância mantém a memória jovem, pois estimula a formação de novas conexões entre os neurônios, fortalecendo-as. Encontrada em frutas como o morango, pêssego, uva, kiwi, maçã e tomate, além da cebola e do espinafre.
- Vitamina E: tem ação antioxidante, mantendo a saúde e lucidez do cérebro. Pode ser encontrada em sementes e grãos, como feijão, lentilha, grão de bico, etc.
- Vitamina C: além da ação antioxidante, estimula o imunológico, protegendo contra resfriados e gripes .Encontrada em sementes secas e cruas, assim como na maioria das frutas cítricas.
- Zinco, selênio, ferro e fósforo: são sais minerais e contribuem para as trocas elétricas, mantendo o cérebro ativo. Podem ser encontrados em sementes e grãos, raízes e em vegetais com coloração verde escuro.
- Vitaminas do complexo B: responsáveis por equilibrar e regular a transmissão de informações entre os neurônios. Podem ser consumidas através de sementes e fibras de alimentos integrais, além das proteínas.
- Colina e Acetil-colina: atuam na construção da membrana de novas células cerebrais, além de auxiliarem na reconstrução de células danificadas. A Acetil-colina também atuam na atividade de memorização. Está presente na gema do ovo, além de estar contida em sementes e grãos.
Café
Um grande queridinho de quem trabalha ativamente com a mente, o café pode ser um aliado da saúde física e mental, desde que consumido moderadamente. A cafeína e os antioxidantes do café, segundo pesquisadores, podem atuar como protetores de atividades cerebrais, evitando doenças como mal de Alzheimer e Parkinson. Além de melhorar a memória, o café ajuda a bloquear os efeitos do neurotransmissor chamado adenosina, propiciando a liberação de outros neurotransmissores, como a dopamina e anorepinefrina, melhorando o humor e aliviando o stress.
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