Entrar no mundo dos concursos não é tarefa fácil. Os processos seletivos para a carreira pública são complexos, diferentes entre si, e englobam uma infinidade de informações, etapas e estilos. Por isso, para ser um concurseiro e estar à altura da enorme gama de candidatos a cada seleção, é preciso muito preparo, dedicação, atenção e estar por dentro de todos os detalhes possíveis.
Muitos que entram na corrida dos concursos públicos são concurseiros de primeira viagem, ou até mesmo aqueles que já vêm se dedicando, mas que por alguns detalhes não tão bem esclarecidos, estão "remando contra a maré", não tendo ainda conquistado uma vaga. Por causa de alguns erros, banais em um primeiro momento, mas extremamente importantes, muitos estão ainda na luta por um cargo público, longe de realmente ocuparem o tão sonhado posto.
Abaixo, listamos alguns dos principais erros cometidos pelos candidatos e que podem se tornar uma grande pedra no caminho, atrasando ou dificultando ainda mais a aprovação para um cargo público. Se você se enquadra em algum deles esta é a hora de mudar o rumo de seus estudos e ajustar seus planos.
Não ler o edital
O edital é o documento mais importante para quem deseja se preparar para um concurso público. É nele que estão todas as informações como: prazo de inscrição, datas e locais das provas, conteúdo a ser estudado, recursos, resultado final, etc.
Muitos candidatos começam a estudar sem terem se familiarizado com o edital, o que representa um grande erro. O edital dará um norte, principalmente quanto aos estudos, para que o concurseiro possa se preparar da melhor maneira possível e de forma objetiva. O "manual" do concurso não deve ser desprezado de jeito algum e aqueles que o leem com certa displicência terão maiores dificuldades durante o processo. É muito comum candidatos recorrerem às redes sociais ou à própria organizadora para solução de dúvidas, que muitas vezes estão bem ali na sua frente. Por isso, LEIA COM ATENÇÃO.
Não estabelecer um cronograma de estudos
É preciso ter um ritmo definido para os estudos, para que o corpo possa se acostumar e se adaptar a esta rotina. Não adianta estudar muito em um dia, levar o corpo e a mente quase à exaustão, e por dias seguidos nem abrir os livros. Assim como estudar em dias esporádicos, não mantendo uma rotina consolidada.
E é aí que entra o cronograma de estudos, onde o candidato irá especificar a qual atividade cada horário do seu dia será preenchido, como trabalho, lazer, academia (ou outra atividade física), estudo, descanso, etc. Assim, a rotina ficará organizada e o concurseiro saberá quando é o momento certo de se dedicar aos estudos.
Não conhecer o seu ritmo
Um candidato não deve definir a sua maneira de estudar de acordo com o que as outras pessoas fazem. Cada pessoa possui o seu ritmo, em quais horários rende mais ou não, qual o limite de horas que consegue estudar por dia e assim por diante.
Não respeitar o limite do corpo acaba por originar muito estresse, resultando em desequilíbrios emocionais, mentais e até físicos, como mal estar e doenças, atrasando muito o ritmo de estudos. Nesses casos, o melhor é optar pela qualidade e não quantidade, isto é, estudar pouco, mas estudar com afinco e com atenção. Em outro artigo, explanamos o que é melhor: estudar de dia ou à noite?
Não ter um cronograma das matérias
Muitos candidatos não sabem por onde começar os estudos e acabam por estudar as matérias de forma aleatória. Juntamente com o cronograma de estudos, é preciso distribuir as matérias e os momentos em que elas serão estudas, para garantir que, até o dia do concurso, todos os conteúdos tenham sido contemplados, estudados e revisados.
Além disso, é importante seguir uma sequência de modo que seja mais fácil a assimilação e memorização. Também, uma boa dica é iniciar pelas matérias que o estudante tenha mais dificuldade. Assim, quando já tiver percorrido um longo período de estudos e o cansaço estiver mais presente, estudar as matérias que há maior facilidade ajuda na continuação dos estudos.
Não investir em materiais seguros
Seja por falta de conhecimento, seja por preferir os mais baratos, muitos concurseiros apostam os seus estudos em materiais de baixa qualidade, não confiáveis, incompletos e desatualizados. As bancas geralmente fazem "pegadinhas" nas provas que envolvem mudanças e informações atualizadas, por isso a importância de sempre ter em mãos materiais recentes para concursos públicos.
Tentar uma carreira pública significa o futuro de uma pessoa, muitas inclusive sonham com um posto em órgãos públicos. Portanto, para estudar e se preparar para essas seleções, no mínimo o candidato deve investir em um material seguro, correto e sério, que seja reconhecido e indicado por quem entende do assunto.
Esperar o edital para começar a se preparar
Grandes e disputados órgãos públicos anunciam a realização de concursos muito antes de terem banca escolhida e edital divulgado. Com isso, o candidato que deseja participar daquele seletivo pode iniciar os estudos, através de provas de concursos anteriores do mesmo órgão.
Quando o edital é lançado, o prazo até a realização das provas é muito curto, o que não dá um tempo hábil suficiente para que todos os conteúdos sejam satisfatoriamente estudados. Se o candidato realmente quer conquistar uma aprovação, o preparo deve iniciar muito tempo antes e não deixar para a "última hora", estudando somente quando o edital sai.
Não conhecer a banca examinadora
O estilo de cada concurso geralmente é determinado pelo estilo da banca que irá coordenar a seleção. Cada banca possui suas peculiaridades, sua própria maneira de construir as questões. Por isso, é de suma importância que o candidato conheça a banca que irá realizar o concurso no qual irá pleitear uma vaga.
As bancas, para se diferenciarem uma da outra, realizam provas de diversos estilos. Muitas possuem suas próprias "pegadinhas" e macetes, portanto, se o candidato não está familiarizado com essas características, será mais difícil identificar e obter êxito em cada questão. Não conhecer a banca poderá desperdiçar todo estudo e esforço empregado para o preparo daquele concurso em específico. Por exemplo: o Cespe/UnB costuma elaborar provas do tipo Certo e Errado, em que uma resposta errada anula uma certa, portanto, o candidato que já vai para a seleção sabendo disso, estará mais atento e preparado. Já outras grandes, como Cesgranrio e Fundação Carlos Chagas (FCC) costumam realizar avaliações do tipo múltipla escolha, onde há apenas somatório de pontos, mas exigência mínima de acertos por área para aprovação.
Não praticar
Os estudos em cima somente da matéria teórica das provas poderão ser rasos e insuficientes para um melhor preparo do candidato. Por isso, fazer exercícios e simulados é fundamental para que as matérias sejam melhor assimiladas e memorizadas. Além disso, o candidato adquire experiência em resolver as provas, identificando qual o seu tempo e o seu ritmo.
Sabendo a banca organizadora da prova, o candidato já pode pesquisar editais anteriores da mesma empresa e procurar provas e simulados referentes àquele concurso. Esses materiais estão disponíveis a fácil acesso, portanto, é só o candidato pesquisar e se preparar para, também, realizar a parte prática nos estudos para concursos.
Para concorrer em concursos públicos, além de muito estudo e dedicação, o candidato precisa de planejamento, estratégias e dominar todos os aspectos e informações necessários para ser páreo com a concorrência. Por isso, cada detalhe é importante e não deve ser negligenciado.
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