Dentro da Língua Portuguesa, muitos conteúdos são cobrados em concursos públicos, entre eles, as conjunções. Sendo assim, os concurseiros costumam ser convidados a identificar, classificar ou selecionar a palavra invariável que melhor liga as orações apresentadas pela banca. E, se esse assunto não estiver bem resolvido, é aí que o candidato acaba perdendo pontos e, por consequência, distanciando-se da tão sonhada aprovação.

Para ajudar os candidatos de plantão preparamos este artigo que traz as explicações sobre os mais diversos tipos de conjunções, como elas são identificadas e em que situação cada uma deve ser aplicado. Mas, antes de mais nada, é preciso entender o que de fato é uma conjunção.

Conjunção é uma palavra invariável que liga duas orações ou dois termos semelhantes de uma mesma oração. As conjunções podem ser coordenativas(independentes) ou subordinativas (dependentes). Esses dois grupos são ainda separados em diversas categorias. A seguir vamos detalhar essa separação formal e as principais conjunções de cada categoria. 

Conjunções coordenativas

As orações coordenadas são independentes entre si, ou seja, possuem significado singular, mesmo que ligadas pela conjunção. As conjunções coordenativas podem ser: aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas ou explicativas.

Aditivas: expressam a ideia de adição, soma.
Conjunções típicas: e, nem, não só….mas também e não só…como também.
Exemplos: Ele foi ao cinema e ao teatro no mesmo dia.
Ele não só matou a vítima como também escondeu o corpo.

Adversativas: imprimem a ideia de contrariedade, oposição.
Conjunções típicas: mas, porém, contudo, todavia, no entanto e entretanto.
Exemplos: Ela trabalha muito, mas ganha pouco.
Não conquistei a vaga, no entanto dei o melhor.

Alternativas: passam a ideia de alternância.
Conjunções típicas: ou...ou, ora...ora, quer...quer e já...já.
Exemplos: Ou você sai do telefone ou eu vendo esse aparelho.
Vou à praia quer chova quer faça sol.

Conclusivas: dão a ideia de finalização.
Conjunções típicas: logo, por isso, pois (depois do verbo), portanto, por conseguinte e assim.
Exemplos: Estudei muito por isso mereço ser aprovada.
Estava preparada para a prova, portanto não fiquei nervosa.

Explicativas: expressam o motivo ou a razão.
Conjunções típicas: que, porque, pois (antes do verbo), porquanto.
Exemplos: É melhor sair logo de casa porque o ônibus deve estar vindo.
Vou visitar a minha família pois quero matar essa saudade.

Conjunções subordinativas

São os termos que ligam duas orações sintaticamente dependentes. As conjunçõe subordinativas podem ser: causais, concessivas, conformativas, consecutivas, finais, proporcionais, temporais, comparativas, condicionais ou integrantes.

Causais: denotam causa, motivo.
Conjunções típicas: porque, pois, porquanto, como (no sentido de porque), pois que, que, uma vez que, visto que e visto como.
Exemplos: Ela quebrou o copo porque estava desatenta.
O aluno saiu mais cedo visto que não havia professor substituto para dar a aula.

Concessivas: indicam concessão, admitem uma contradição ou um fato inesperado.
Conjunções típicas: embora, ainda que, mesmo que, apesar de que, se bem que e apesar de.
Exemplos: Embora estivesse cansada fiz questão de revisar o tema do meu filho.
Apesar de ter chovido fez um dia bonito na praia.

Conformativas: expressam concordância, conformidade.
Conjunções típicas: como, segundo, conforme e consoante.
Exemplos: Segundo o professor, amanhã não haverá aula.
Cada um colhe conforme o que plantou.

Consecutivas: ideia de consequência.
Conjunções típicas: de forma que, de sorte que e que.
Exemplos: Estudou tanto que passou no concurso.
Viveu intensamente de forma que só restaram boas lembranças.

Finais: imprimem finalidade, objetivo.
Conjunções típicas: a fim de que, que, porque e para que.
Exemplos: Todos trabalham para que possam sobreviver.
Ela trabalhou e se dedicou muito para que fosse reconhecida profissionalmente.

Proporcionais: estabelecem proporção.
Conjunções típicas: à medida que, à proporção que, ao passo que e quanto mais.
Exemplos: à medida que me exercito percebo mudanças em meu corpo.
Quanto mais me cuido melhor fico.

Temporais: indicam tempo.
Conjunções típicas: assim que, desde que, quando, enquanto e logo que.
Exemplos: Desde que fui embora só tenho a agradecer.
Chegamos na escola assim que começou a chover.

Comparativas: estabelecem comparação.
Conjunções típicas: como, mais...do que, menos..do que, do que e tão...como.
Exemplos: Estou mais feliz hoje do que ontem.
Vivo tão tranquilo como as águas de um riacho.

Condicionais: exprimem condição, hipótese.
Conjunções típicas: se, desde que, contanto que, caso e se.
Exemplos: Avise-me caso eles já saibam da nova regra.
Irei à praia se não chover.

Integrantes: são introdutórias de orações subordinadas substantivas.
Conjunções típicas: que, se e como.
Exemplos: Não sei se ele irá a sua festa.
Desejamos que você seja muito feliz.

E aí, aprendeu tudo sobre conjunções? Gostou tanto que quer mais artigos com dicas de português? Então não deixe de conferir as dicas sobre o uso da Crase e sobre as regras dos porquês. Ah, veja também como diferenciar os parônimos e os homônimos, uma questão muito comum em provas de concursos públicos. Além disso, acesse muitas outras dicas nesta seção especial de estudos.