A Associação Brasileira de Supermercados (Abras), divulgou dados que mostram que o gasto das famílias brasileiras nos supermercados teve aumento de 7% em março deste ano, em comparação a fevereiro.

As informações relatam ainda que no primeiro trimestre de 2022, as famílias brasileiras gastaram cerca de 2% a mais em supermercados, comparado ao mesmo período de 2022. Márcio Milan, vice-presidente da Abras, atribuiu o aumento do gasto no varejo à manutenção do Bolsa Família em R$ 600, o que resultou em quase R$ 40 bilhões pagos às famílias de baixa renda neste primeiro trimestre.

O aumento de 7,5% no salário mínimo, que entrou em vigor em janeiro, juntamente com outros benefícios, como o Auxílio Gás, o reajuste das bolsas de educação e o pagamento de R$ 150 por criança carente de até 6 anos, também contribuíram para uma injeção de recursos na economia familiar.

Aumento de consumo tem relação com os benefícios do Governo

Em março, a cesta dos 35 produtos mais consumidos registrou uma pequena queda, ficando em média R$ 5 mais barata do que em fevereiro. Os preços dos produtos hortifrúti, como batata e tomate, caíram entre 10% e 12%, enquanto o preço da carne e do frango teve uma redução média de 3%.

No entanto, os ovos e a farinha de mandioca não apresentaram queda de preço e, ainda, aumentaram no trimestre. Márcio Milan acredita que o consumo das famílias deve crescer ainda mais nos próximos meses, uma vez que a economia receberá recursos adicionais a partir de maio.

Segundo ele, o aumento salarial dos servidores civis do Executivo em quase 8%, acrescido de um adicional de R$ 200 de auxílio-alimentação, o novo reajuste do salário mínimo e a ampliação da faixa de isenção do imposto de renda são fatores que podem impulsionar ainda mais o consumo das famílias brasileiras.

Governo viabiliza pagamentos adicionais do Bolsa Família em maio

A partir de junho, as famílias beneficiárias do programa Bolsa Família receberão pagamentos adicionais de R$ 50 por gestante e o valor mínimo garantido por pessoa será de R$ 142. O anúncio foi feito pelo ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Wellington Dias (PT), durante um evento que marcou os 100 dias de gestão da Caixa Econômica Federal.

Segundo a assessoria de imprensa da Caixa, as mudanças no sistema para implementar essas medidas serão realizadas durante o mês de maio, e os pagamentos serão realizados apenas em junho. A atualização permitirá o complemento de renda para as gestantes, com um acréscimo de R$ 50 na renda, e a garantia do valor mínimo de R$ 142 por pessoa.

O programa Bolsa Família, em sua versão atual, garante um pagamento mínimo de R$ 600 por família, acrescido de R$ 150 por criança de até seis anos e R$ 50 por criança ou adolescente entre sete e 18 anos. A partir de junho, haverá um adicional de R$ 50 por gestante e uma renda mínima per capita para famílias com mais membros.