Com a chegada do final do ano, milhões de brasileiros já estão de olho nos reajustes do salário mínimo para 2025 e, consequentemente, no impacto para os beneficiários do INSS e do Benefício de Prestação Continuada (BPC).

A previsão inicial do governo para o novo salário mínimo de R$ 1.509 está sendo revisada devido à alta da inflação registrada em novembro. Agora, projeções indicam que o valor pode chegar a R$ 1.520 ou até R$ 1.528.

Benefícios do INSS em 2025

O reajuste do salário mínimo afetará diretamente mais de 40 milhões de beneficiários do INSS, incluindo aposentadorias, pensões e auxílios diversos. O piso atual de R$ 1.412 será atualizado, acompanhando o aumento do salário mínimo.

Entre os benefícios que terão seus valores ajustados estão:

  • Aposentadorias;
  • Pensão por morte;
  • Benefício por incapacidade temporária (auxílio-doença);
  • Auxílio-reclusão;
  • Salário-maternidade;
  • Benefício de Prestação Continuada (BPC).

O teto do INSS, no entanto, é calculado de forma independente, com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), e também terá aumento em 2025.

Política de valorização do salário mínimo

O salário mínimo nacional é calculado somando o INPC acumulado nos últimos 12 meses ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) dos dois anos anteriores. Segundo dados do IBGE, o INPC acumulado foi de 4,84%, enquanto o PIB teve crescimento revisado de 2,9% para 3,2%.

Com isso, o novo salário mínimo deve ficar entre R$ 1.520 e R$ 1.528, dependendo da inflação registrada em dezembro. O governo, entretanto, indicou que pode limitar o reajuste a até 2,5% acima da inflação, como parte das novas regras do arcabouço fiscal.

Impacto econômico e financeiro

O aumento no salário mínimo tem um impacto direto na economia:

  • Margem consignável maior: Aposentados e pensionistas poderão contratar empréstimos com valores mais altos devido ao aumento do benefício.
  • Impacto nas contas públicas: Cada R$ 1 de aumento no salário mínimo representa um acréscimo de cerca de R$ 392 milhões nas despesas do governo, de acordo com o Ministério da Fazenda.

Além disso, o reajuste beneficia programas como Seguro-Desemprego, PIS/Pasep e outros benefícios sociais.

A confirmação oficial dos novos valores deve ocorrer até o início de janeiro, após aprovação pelo Congresso.