O pagamento do Auxílio Belo Horizonte/MG foi prorrogado por mais dois meses pela prefeitura do município. Porém, desta vez, o benefício deverá contemplar o número de 75.427 famílias, diferentemente da primeira etapa do projeto, onde quando 204.193 famílias receberam. Desta forma, a diminuição é de 63% do público alvo.

De acordo com a prefeitura de BH, esta prorrogação irá atender famílias cadastradas no CadÚnico (Cadastro Único), que estejam em situação de pobreza ou extrema pobreza.

Nesta fase ficam de fora: ambulantes, lavadores de veículos, carroceiros, feirantes, catadores de material reciclável, além de pessoas com deficiência ou doença rara.

O que levou a diminuição do benefício?

Segundo Fuad Noman, prefeito de Belo Horizonte, a diminuição do número de beneficiados ocorreu devido à verba disponível para o programa. No começo, foram destinados R$ 240 milhões ao auxílio, no qual R$ 160 milhões vieram de recursos da prefeitura e R$ 79,5 milhões da Câmara Municipal. Na primeira fase sobraram R$ 60 milhões, pois houve menos beneficiados que o previsto. Esta diferença ficou guardada para a segunda fase do auxílio.

Levando em consideração os custos operacionais, está previsto que R$ 55 milhões sejam destinados às famílias mais vulneráveis. O benefício será pago em duas parcelas, sendo uma no dia 7 de novembro e a outra no dia 15 de dezembro.

A prefeitura estima que as famílias em extrema pobreza recebam R$ 800 no total, sendo duas parcelas de R$ 400. Já as famílias em situação de pobreza receberão R$ 400, divididos em duas parcelas de R$ 200.

O que é o Auxílio Belo Horizonte?

O benefício foi criado no final de 2021, após o Auxílio Emergencial do Governo Federal e o Auxílio Minas Gerais terem acabado. Assim, o Auxílio Belo Horizonte teria inicialmente um subsídio mínimo mensal de R$ 600, no qual foi dividido em seis parcelas.

De acordo com a prefeitura, foram mais de 300 mil famílias que estavam aptas para receber o benefício na época.

Em coletiva de imprensa nesta última sexta-feira (28), o prefeito Fuad afirmou que: "Ao final dos seis meses do auxílio, vimos que não foi aplicada toda a quantia reservada. Poderíamos ter aplicado o recurso em outra área, mas optamos por prolongar o benefício para as famílias mais vulneráveis para tentar garantir um Natal melhor para essas pessoas".

Conforme Maíra Colares, secretária municipal de Assistência Social, Segurança Alimentar e Cidadania, a princípio não há a intenção de tornar o auxílio permanente. A secretária ainda ressalta que o benefício foi criado de forma emergencial.

"Quando criamos o programa ele tinha a previsão em atender alguns públicos. Antes, por exemplo, atendíamos as famílias dos alunos matriculados na rede municipal de educação por conta do fechamento das escolas, isso já não acontece mais. O nosso esforço nessa nova etapa, que acontece em um contexto diferente (da pandemia), é que as famílias em situação de maior vulnerabilidade sejam priorizadas", afirmou a secretária.