Auxílio Emergencial: veja o calendário das últimas parcelas de 2020 e 2021

O fim do Auxílio Emergencial já foi confirmado pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, mas os brasileiros continuarão tendo acesso ao benefício em 2021. Apesar de não receberem o crédito de novas parcelas no próximo ano, o calendário do auxílio emergencial em 2021 deve seguir até o final de janeiro. Isso porque é somente neste mês que os beneficiários dos ciclos 5 e 6 terão o saque em espécie e transferência liberados. O saque é referente à 8ª parcela (Ciclo 5) que foi liberada entre 22 de novembro e 12 de dezembro e também à última parcela do Auxílio (Ciclo 6), que está em andamento e deve ser finalizada até o dia 29 de dezembro.

Nesta quarta-feira de 23 de dezembro recebem o crédito da última parcela na conta poupança social os nascidos em outubro.

O Auxílio Emergencial que teria, inicialmente, três parcelas, foi prorrogado por mais dois meses no seu valor original (R$ 600) e posteriormente estendido até o final do ano, com o pagamento de mais quatro parcelas extras em menor valor (R$ 300). No total, foram 9.

Desde o último dia 13, os beneficiários começaram a receber o último pagamento do Auxílio Emergencial. O Ciclo 6, que vai até 29 de dezembro, terá o crédito em conta da 6ª, 7ª, 8ª e 9ª parcelas de R$ 300, bem como o pagamento de parcelas retroativas do auxílio original de R$ 600 ou R$ 1.200. Veja quem recebe a última parcela do Auxílio Emergencial em dezembro:

• Recebe a 9ª parcela (R$ 300) o beneficiário que recebeu a 1ª parcela em abril;
• Recebe a 8ª parcela (R$ 300) o beneficiário que recebeu a 1ª parcela em maio;
• Recebe a 7ª parcela (R$ 300) o beneficiário que recebeu a 1ª parcela em junho;
• Recebe a 6ª parcela (R$ 300) o beneficiário que recebeu a 1ª parcela em julho;
• Recebe a 6ª parcela (R$ 300) o beneficiário que realizou contestação entre 14 e 23 de novembro;
• Recebe a 5ª parcela o beneficiário que se cadastrou nos Correios entre 08 de junho e 02 de julho;
• Recebe a 5ª parcela o beneficiário que contestou o pedido entre 03 de julho e 06 de agosto e foi considerado aprovado;
• Recebe a 4ª e 5ª parcelas o beneficiário que realizou contestação entre 20 de julho e 25 de agosto de 2020;
• Recebe a 3ª, 4ª e 5ª parcelas o beneficiário que teve o pagamento reavaliado no mês de outubro;
• Recebe a 2ª, 3ª, 4ª e 5ª parcelas o beneficiário que teve o pagamento reavaliado no mês de novembro;
• Recebe a 1ª parcela o beneficiário que teve o pagamento reavaliado no mês de novembro.

Calendário do Auxílio em dezembro

O calendário do Ciclo 5 iniciou ainda no final de novembro, mas os beneficiários nascidos entre julho e dezembro receberam somente a partir do dia 02 deste mês. Já o saque em espécie e transferência será liberado no dia 19 de dezembro para aniversariantes de janeiro e fevereiro e continua no dia 04 de janeiro quando poderão retirar o dinheiro os nascidos em março. O calendário de saque do ciclo 5 segue até o dia 27 de janeiro.

Calendário do Auxílio em 2021

Já o calendário da última parcela do Auxílio terá o crédito em conta entre os dias 13 e 29 de dezembro, enquanto saques e transferências serão liberados na mesma data do Ciclo 5 mencionado acima, entre 19/12 e 27/01.

Auxílio não terá prorrogação até 2021

O presidente Jair Bolsonaro já determinou que o Auxílio Emergencial não será prorrogado em 2021. Há semanas que Bolsonaro tem declarado que estender o auxílio no próximo ano seria "o caminho certo para o insucesso" e que "ninguém vive dessa forma". Em resposta a um apoiador, o presidente da República disse estar preparado "para tudo" [caso uma segunda onda de contaminação avance pelo país], mas que espera não ser necessário continuar com o pagamento do benefício pois o vírus já estaria "de partida do Brasil".

"Auxílio é emergencial, o próprio nome diz: é emergencial, Não podemos ficar sinalizando em prorrogar e prorrogar e prorrogar", disse o presidente, acrescentando que "acaba agora em dezembro".

O ministro da Economia, Paulo Guedes, também já vem afirmando há algum tempo que uma nova prorrogação do Auxílio Emergencial estava fora de cogitação. Segundo o ministro, a equipe econômica já está preparada para agir caso uma segunda onda da Covid-19 atinja o país no próximo ano. Na visão de Guedes, o fim do auxílio emergencial vai ajudar no controle da inflação. Ao falar durante a audiência pública virtual no Congresso Nacional, o ministro citou a aprovação da autonomia do Banco Central (BC) como outro elemento que deve fazer com que os índices de preços subam tanto.

"Nós achamos que esse aumento de inflação vai se dissipar. Primeiro, porque o presidente da Câmara [dos Deputados, Rodrigo Maia] vai aprovar o Banco Central independente, que vai impedir que essa alta transitória de preços prossiga. E, segundo, porque a própria suavização do auxílio emergencial, na medida em que ele desce e recai no Bolsa Família. Essa explosão de preços de construção civil, de alimentos, se acalma um pouco", declarou o ministro.