O Governo ainda não confirma oficialmente, mas nos bastidores já admite prorrogar o auxílio emergencial neste início de 2021. Após forte pressão política, da mídia e agora da população, que viu o Governo gastar R$ 1,8 bilhão em alimentos no ano passado, com direito a R$ 15 milhões em leite condensado, R$ 2 milhões em chicletes e R$ 32 milhões em pizzas e refrigerantes, a extensão do auxílio diminuiria a forte pressão gerada no alto escalão do executivo.
O site Valor Econômico apurou que a nova assistência para as famílias vulneráveis deve ser liberada nos próximos dias pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, que já admitiu a possibilidade de estender o programa, no entanto, com novas condições. Guedes disse que pode "retomar os programas de socorro, caso haja o entendimento de que o número de mortes por Covid-19 continuará acima de mil por dia e a vacinação atrase". Para isso, outras ações deveria ocorrer para conter outros gastos, ainda sendo estudadas.
O Brasil já soma 225.099 mortes pela Covid-19, 609 somente ontem, 1º de fevereiro - o recorde diário foi registrado em 4 de agosto de 2020, com 1.394 óbitos. Caso o auxílio seja mesmo anunciado, o Ministério da Economia espera que o Congresso, que também pressiona, mostre de onde sairá o dinheiro e quais medidas de corte de gastos seriam realizadas, visto que a dívida pública já bate na casa de 90% do PIB total do país.
Auxílio em 2021 será menor e para menos pessoas
O que já está acertado, é que tanto o valor do benefício quanto o número de beneficiários deverá ter um decréscimo. O Planalto estuda R$ 200 mensais por 3 meses e para um público mais restrito, a ter novas condições definidas para recebimento. Tirando o Grupo do Bolsa Família, foram quase 50 milhões de pessoas beneficiadas. Este grupo deve ser reduzido agora para menos da metade.
Ainda assim, o anúncio da prorrogação deve ficar para fevereiro, visto que tanto Câmara quanto Senado estavam em recesso e tiveram eleições para os comandos das Casas no dia 1º. O novo presidente da Câmara, Arthur Lira, já se disse favorável a extensão do auxílio emergencial. A saída encontrada por alguns deles seria apressar a reforma administrativa e com isso diminuir gastos com servidores para bancar o auxílio por mais algum tempo, evitando estourar novamente o teto de gastos.
Vários senadores apresentaram também projetos de lei para extensão do benefício nos primeiros meses do ano. Segundo a Agência Senado, os senadores querem ainda convocar sessões presenciais nos próximos dias para a votação destes projetos.
Auxílio teve últimos pagamentos em janeiro
Ocorreu na última quarta de 27 de janeiro a liberação de saques e transferência da última parcela do Auxílio para os nascidos em dezembro. A 9ª parcela do benefício - 4ª parcela da extensão de R$ 300, foi creditada no dia 29 de dezembro dentro do Ciclo 6 e quem ainda não movimentou os valores terá liberação de saques hoje.
Esta foi a última liberação de valores do calendário do programa de 2020 que teve 9 parcelas no total , 5 de R$ 600 e mais 4 de R$ 300, para amenizar os efeitos econômicos causados pela pandemia.
196 mil novos aprovados
O Governo Federal divulgou também que um grupo de 196 mil pessoas recebeu novas parcelas na quinta passada, 28 de janeiro. Estes foram pedidos negados que foram contestados e depois aprovados pela Dataprev.
De acordo com informações divulgadas pelo Ministério da Cidadania, o novo lote de aprovados é composto por 196 mil brasileiros que realizaram a contestação do Auxílio Emergencial entre os meses de novembro e dezembro de 2020, sendo que:
- 8,3 mil vão receber o crédito da segunda, terceira, quarta e quinta parcelas;
- 40,9 mil receberão a terceira, quarta e quinta parcelas;
- 68,1 mil terão direito à quarta e quinta parcelas; e
- 78,3 mil brasileiros terão a 5ª parcela credita em conta poupança digital.
Farão parte dos novos pagamentos também um grupo de 5 mil pessoas que tiveram o pagamento reavaliado em janeiro deste ano, por causa de atualizações nos dados.
Para consultar se seu benefício foi aprovado, a DATAPREV disponibiliza site específico para esse fim, apenas inserindo dados pessoais, como número de CPF e nome completo.
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