Uma importante pauta para os moradores do Rio Grande do Sul está sendo debatida na Câmara dos Deputados. Nesta terça-feira (16), a Comissão Legislativa Participativa da casa discute a criação de um auxílio calamidade, com o objetivo de garantir renda para as famílias consideradas como vulneráveis do estado.

O pedido para a discussão da pauta foi feito pela deputada Fernanda Melchionna (Psol-RS) e já conta com apoio de diversos movimentos sociais. Os danos por conta das enchentes na maior parte dos municípios gaúchos ainda são consideráveis e já existem diversos debates visando maior ajuda do Governo Federal.

O estado já foi alvo de algumas medidas para retomada, como a criação do Auxílio Reconstrução e os pagamentos de outros valores como a antecipação da restituição do IRPF (Imposto de Renda de Pessoa Física).

Também foi anunciada a antecipação dos pagamentos do Bolsa Família para o primeiro dia de cada calendário, além da suspensão das verificações de cadastro dos beneficiários do programa até dezembro deste ano.

Criação de auxílio está sendo debatida em comissão na Câmara dos Deputados. (Foto: Reprodução)
Criação de auxílio está sendo debatida em comissão na Câmara dos Deputados. (Foto: Reprodução)

Qual o valor do novo auxílio calamidade?

De acordo com a ideia apresentada pela deputada, o valor do auxílio seria de um salário mínimo vigente (R$ 1.412,00) e pago mensalmente pelo período de dois anos. Este benefício seria válido apenas para famílias em condição de vulnerabilidade social por conta da calamidade pública.

O pagamento deve ser limitado a duas pessoas adultas por cada família, abrindo possibilidade de complemento de R$ 150,00 por criança ou adolescente.

Quem terá direito ao benefício?

De acordo com a proposta apresentada, terão direito a este auxílio famílias com renda total de até 3 salários-mínimos ou meio salário-mínimo por pessoa. Este cálculo não levará em consideração rendimentos de programas como o Bolsa Família, Pró-Jovem, seguro-desemprego do pescador artesanal, entre outros.

A deputada Fernanda Melchionna detalhou os seus argumentos para a criação do auxílio calamidade:

"Os números dessa calamidade impressionam e já colocam esse desastre como um dos maiores da história brasileira e demarcam no nosso País a necessidade de se debater e pensar medidas concretas para as vítimas das calamidades climáticas."

Nos últimos dias, outras possibilidades de ajuda para o Rio Grande do Sul também foram discutidas na Câmara, como o projeto "Retoma RS", criado para que empresas e trabalhadores possam superar impactos negativos das chuvas e enchentes. A proposta tem como objetivo preservar empregos e criar alternativas.

Medidas temporárias, banco de horas, teletrabalho, antecipação de férias individuais, concessão de férias coletivas e aproveitamento e antecipação de feriados são algumas das medidas propostas.

Além disso, também se discute o pagamento do Benefício Emergencial de Manutenção do Emprego e Renda, a isenção da contribuição previdenciária das empresas e a isenção do Imposto de Renda para pessoas físicas.