O Auxílio Emergencial 2021 iniciou nesta semana a fase de pagamentos da 6ª parcela para quase 40 milhões de brasileiros. Em setembro os beneficiários estão recebendo a segunda parcela da prorrogação, anunciada em julho, quando estava previsto o término dos pagamentos neste ano.
Para acompanhar o ritmo da vacinação no país e ter tempo hábil de planejar um novo programa substituto, o governo federal decretou o pagamento de mais três parcelas nos meses de agosto, setembro e outubro.
Contudo, com as negociações ainda em andamento sobre formas de financiar o Auxílio Brasil, os brasileiros que dependem da assistência financeira do governo federal já se perguntam se o Auxílio Emergencial poderá ser prorrogado até dezembro. Confira neste post o que se sabe até o momento sobre os pagamentos do auxílio emergencial e quando irão acabar.
Auxílio Emergencial termina quando?
Conforme o calendário divulgado pelo Ministério da Cidadania, o Auxílio Emergencial terá parcelas pagas até 31 outubro de 2021. É no próximo mês que os informais, MEIs, inscritos no Cadastro Único e beneficiários do Bolsa Família receberão a 7ª parcela do auxílio nas contas. Entretanto, o calendário do auxílio emergencial vai durar até novembro deste ano.
O motivo é que assim como nos pagamentos anteriores a sétima parcela também teve datas organizadas em dois calendários, um para crédito em conta digital e outro para saque e transferência dos valores. Com o depósito no Caixa Tem entre 20 e 31 de outubro, o saque da 7ª parcela está previsto para ocorrer entre 1º e 19 de novembro, ou seja, se estendendo até o mês seguinte à liberação do dinheiro nas contas.
Questionado sobre uma nova prorrogação do Auxílio Emergencial em 2021, o secretário especial do Tesouro e Orçamento do Ministério da Economia, Bruno Funchal, não vê motivos que justifiquem a decisão. "Auxílio emergencial não é escolha política, é necessidade que surge da imprevisibilidade. Com o recrudescimento e a queda da curva de contágio, e com a economia voltando, não faz sentido falar em Auxílio Emergencial nesse momento, nem em crédito extraordinário. Estamos discutindo [uma proposta] dentro do Orçamento", afirmou o secretário.
Há alguns meses o presidente Jair Bolsonaro havia declarado que a prorrogação do auxílio até dezembro ou a sua continuação em 2022 iria depender do ritmo da vacinação e do controle da pandemia da Covid-19. "A gente espera que, com o término da vacina, com a questão da pandemia sendo dissipada, não seja mais preciso isso. Mas, se porventura continuar, nós manteremos o auxílio emergencial", afirmou o presidente. Após a criação do Auxílio Brasil, o chefe do Executivo não voltou a tocar no assunto da extensão do benefício.
Auxílio Brasil deve iniciar em novembro
O novo programa de transferência de renda que deve substituir o Bolsa Família, o Auxílio Brasil, deve iniciar já no mês de novembro deste ano. Apesar das negociações ainda estarem em andamento com o Congresso Nacional, o governo federal já tem divulgado que o novo benefício deverá pagar R$ 300 mensais para cerca de 17 milhões de famílias, ante os 14,6 milhões que hoje fazem parte do Bolsa Família.
Com pouco mais de um mês para colocar o programa em ação, antes que acabe o Auxílio emergencial e os brasileiros fiquem desprotegidos, o ministro da Economia Paulo Guedes tem se reunido com os presidentes da Câmara e do Senado para encontrar uma saída que abra espaço no orçamento para financiar o Auxílio Brasil.
De acordo com projeções de especialistas, estima-se que o novo programa deverá custar R$ 61,2 bilhões no próximo ano. O montante equivale a quase o dobro dos recursos hoje destinados para o Bolsa Família - que giram em torno de R$ 34,7 bilhões. Com a ampliação do número de beneficiários e com o aumento no valor do tíquete médio o gasto mensal médio do Auxílio Brasil em 2022 deve ficar na faixa de R$ 5,1 bilhões.
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