No fim do ano passado, o Governo Federal estabeleceu alguns ajustes nos programas sociais. No principal deles, o Bolsa Famíla, algumas modificações visando a modernização e aumentar o controle sobre os gastos públicos começa a vigorar já em janeiro.
Para evitar fraudes e, consequentemente, reduzir os custos com pagamentos irregulares, o MDS (Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social) colocou em prática novas regras de fiscalização.
A principal delas é a obrigatoriedade da biometria, seja para novos cadastrados ou para quem já recebe os valores do auxílio atualmente. Até a aprovação da alteração, esta obrigatoriedade valia apenas para os beneficiários do BPC (Benefício de Prestação Continuada).
Diante desta novidade, muitos brasileiros possuem dúvidas sobre o funcionamento do processo de biometria e como serão as etapas para a regularização. Confira abaixo as principais informações sobre o tema.
Biometria no Bolsa Família em 2025: Como será feita?
Conforme a nova definição do Governo Federal, o novo processo de biometria será dividido em 3 etapas, visando a realização da biometria para todos os beneficiários de forma limpa e sem problemas.
O processo de biometria do Bolsa Família ficou definido da seguinte maneira:
- Convocação: O titular do benefício será chamado, por meio de cronograma, para comparecer ao CRAS ou a unidades itinerantes em localidades remotas. A convocação pode ocorrer também por meio do App do Bolsa Família.
- Coleta de dados: No local, serão coletadas as impressões digitais do beneficiário por meio de aparelhos de leitura biométrica.
- Atualização do sistema: Os dados biométricos ficarão registrados no sistema do governo, facilitando futuras atualizações do Cadastro Único e garantindo maior segurança.
A criação de um cronograma para a convocação tem o objetivo de evitar filas e problemas no atendimento dos beneficiários. Por isso, é importante que o titular espere a convocação para realizar o procedimento e somente se dirija ao CRAS (Centro de Referência e Assistência Social) quando receber a notificação.
A estimativa, mesmo que ainda não seja um anúncio oficial, é de que as primeiras convocações para a realização da biometria sejam realizadas a partir do mês de março.
IMPORTANTE: O principal canal de comunicação e que será a plataforma de convocação para os beneficiários realizarem o cadastro biométrico será o aplicativo do Bolsa Família. Por isso, fique atento ao aplicativo.
Visita do entrevistador do CRAS?
Outra dúvida recorrente e que assusta muitos beneficiários é sobre uma eventual visita de funcionários e entrevistadores dos Centros de Assistência da Assistência Social dos municípios. Não há uma regra para essa visita e ela depende da demanda e possibilidade dos servidores locais.
Não é comum beneficiários do Bolsa Família receberem visitas, a não ser que haja uma denúncia de irregularidade daquela família sobre o recebimento irregular do benefício.
Em alguns casos, como famílias unipessoais e pessoas com dificuldade de locomoção, a atualização do cadastro pode ser feita por meio de visita de um funcionário do CRAS do município na residência. Caso o funcionário não seja atendido, existe então a possibilidade de perda do benefício.
Basicamente, a implementação do cadastro biométrico no Bolsa Família tem como objetivo trazer maior segurança ao beneficiário, reduzindo o número de fraudes e garantindo que os valores sejam repassados a quem realmente necessita.
Além disso, a biometria aumenta a quantidade de dados que os órgãos governamentais possuem e através do cruzamento de dados, traz maior eficiência no processo de cruzamento de dados.
Valor do Bolsa Família segue em R$ 600
O Governo Federal optou por não modificar o valor da parcela do Bolsa Família para 2025. Entretanto, o orçamento total sofreu uma redução de aproximadamente R$ 2 bilhões para este ano.
Sendo assim, o beneficiário que não possui dependentes seguirá recebendo a quantia mensal de R$ 600 se cumprir com todas as regras do programa.
Famílias com filhos podem ter direito a adicionais, que variam de acordo com a quantidade e a faixa etária dos mesmos:
- Benefício Primeira Infância: R$ 150 pago para crianças de 0 a 6 anos;
- Benefício Variável Familiar: R$ 50 para 15 milhões de jovens de 7 a 18 anos e gestantes;
- Benefício Variável Nutriz: R$ 50 para 536 mil famílias que tenham bebês de até 6 meses.
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