Os beneficiários do Bolsa Família não têm direito ao abono natalino atualmente, uma parcela extra concedida no final do ano, como se fosse um 13º. A medida, adotada apenas em alguns estados, não faz parte das políticas federais e não é recorrente. A única vez que um abono natalino foi concedido a nível nacional para o Bolsa Família foi em 2019, no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Uma nova proposta legislativa quer mudar essa realidade, mas ainda não foi aprovada. O pagamento da parcela extra para todos os beneficiários do programa, independentemente do estado em que residam, está em análise no Congresso Nacional e pode ser votado ainda nesta semana.
Se aprovado pelo Congresso e sancionado pelo Governo Federal, o impacto financeiro estimado seria de R$ 14 bilhões. Esse custo será um dos principais pontos a serem considerados durante as deliberações dos senadores. A relatora da medida, a senadora Damares Alves (Republicanos-DF), recomendou a aprovação do projeto, considerando-o "extremamente necessário e relevante" para o contexto do Bolsa Família.
Abono Natalino do Bolsa Família
O abono natalino, também conhecido como "13º salário" para beneficiários do Bolsa Família, está na pauta da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado e pode ser votado em setembro, conforme informou a Agência Senado de Notícias. Durante a tramitação do projeto, foram feitos ajustes para garantir que o pagamento seja realizado no último mês do ano, ou seja, em dezembro. No entanto, a aprovação de um crédito suplementar seria necessária caso não haja previsão orçamentária para o benefício.
Apesar da expectativa, a aprovação do abono natalino ainda enfrenta um longo caminho. A proposta precisa ser aprovada em várias instâncias do Congresso Nacional antes de ser submetida à sanção ou veto presidencial. A aprovação na Comissão de Assuntos Econômicos, caso ocorra, será um passo para o avanço da medida em outras etapas de votação no plenário.
Histórico e contexto
O Bolsa Família, criado em 2004, é um programa essencial para reduzir as desigualdades sociais no Brasil. Em 2024, o valor mínimo de cada parcela mensal do benefício é de R$ 600, com adicionais de R$ 150 para cada criança de até seis anos. Para ser elegível, a renda familiar per capita não pode ultrapassar R$ 218, e todos os membros da família devem estar registrados no Cadastro Único do Governo Federal (CadÚnico), com os dados atualizados.
Caso o pagamento do 13º salário para os beneficiários do Bolsa Família seja aprovado, as famílias contarão com uma ajuda para as despesas do final de ano, como comemorações natalinas, despesas escolares e outros custos sazonais. Hoje, alguns estados fazem o pagamento de uma parcela extra para essa população mais carente, veja.
O abono natalino/13º salário teria o potencial de impactar positivamente a economia local, já que o dinheiro recebido tende a ser reinvestido no comércio e nos serviços das comunidades onde os beneficiários residem. No entanto, especialistas dizem que o custo dessa medida não poderia ser bancado hoje pelo governo, cujo déficit nas contas públicas já é tema de debate em 2024 e cria barreiras para o desenvolvimento do país.
Bolsa Família ainda pode ter abono natalino em 2024?
Uma nova proposta legislativa pode mudar essa realidade, garantindo o pagamento da parcela extra para todos os beneficiários do programa, independentemente do estado em que residam. Este projeto de lei está em análise no Congresso Nacional e pode ser votado ainda nesta semana.
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