Após o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) lançar o Programa Emergencial de Atendimento do Cadastro Único no Sistema Único de Assistência Social (Procad-SUAS), entre março e outubro deste ano, 2,39 milhões de novos lares foram incluídos no programa, recorde de beneficiários.

Em outubro, são 21,45 milhões de famílias que recebem a parcela média de R$ 688,97, investimento total de R$ 14,67 bilhões.

O governo está fazendo a chamada busca ativa para auxiliar e atualizar o cadastro das famílias beneficiárias, além de identificar e incluir novas famílias que necessitem desse suporte. O governo federal irá destinar mais de R$ 3,5 bilhões para essas ações em todo o país até o final do ano.

Ainda em outubro, estreou um novo benefício, o adicional de R$ 50 para nutrizes, mães com bebês de até 6 meses. Esse adicional soma R$ 14 milhões para atender as famílias de mais de 287 mil nutrizes.

Já o Benefício Primeira Infância de R$ 1,36 bilhão em outubro, atende 9,58 milhões de crianças de zero a seis anos com o adicional de R$ 150 para cada. Ainda, R$ 30 milhões destinados neste mês são para 632,5 mil gestantes e outros R$ 723 milhões para 15,62 milhões de crianças e adolescentes de sete a 18 anos incompletos.

Em outubro, o Bolsa Família ainda faz 5 pagamentos, veja quem recebe:

  • NIS final 6 - 25 de outubro
  • NIS final 7 - 26 de outubro
  • NIS final 8 - 27 de outubro
  • NIS final 9 - 30 de outubro
  • NIS final 0 - 31 de outubro

Estudo garante que Bolsa Família tira pessoas da pobreza

De acordo com um estudo realizado por especialistas do Instituto Mobilidade e Desenvolvimento Social, Oppen Social, FGV-EPGE e Università Bocconi, houve uma considerável "mudança de vida" para os primeiros beneficiários do programa Bolsa Família.

Em 2005, cerca de 11,6 milhões de crianças e adolescentes recebiam o benefício, mas em 2019 apenas 2,37 milhões ainda estavam no programa, enquanto 7,45 milhões haviam deixado o Cadastro Único.

Isso ocorreu em todas as regiões do país, porém, com taxas diferentes. O Sul apresentou a maior taxa de saída do Cadastro Único, seguido pelo Centro-Oeste e Sudeste, enquanto o Norte e o Nordeste tiveram as menores taxas.

Além disso, foi notado que a inserção no mercado de trabalho formal variava de região para região, com maior frequência no Sudeste e Sul.

As análises mostraram que houve uma significativa evolução socioeconômica dos beneficiários do Bolsa Família após duas décadas do programa. Muitas crianças pobres e extremamente pobres que receberam o benefício entre sete e 16 anos conseguiram se emancipar do programa e ingressar no mercado formal de trabalho, tendo melhores condições de vida do que seus responsáveis no passado. Isso indica o potencial do programa em proporcionar mobilidade social e desenvolvimento socioeconômico para as famílias beneficiadas.