CadÚnico 2025: novo sistema vai exigir atualização de todos?

A grande novidade que o Governo Federal estava planejando, enfim entrará em atividade. O novo sistema do Cadastro Único, plataforma criada para a inscrição de famílias em situação de vulnerabilidade para o recebimento de programas sociais, entrará em vigor já no próximo mês, conforme as datas apresentadas oficialmente pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social.

Com a atualização do sistema, muitos brasileiros beneficiários de programas sociais ficam em dúvida sobre a necessidade de atualização dos dados fornecidos e o que é levado em consideração para os pagamentos ou não dos valores dos auxílios.

Novo Cadastro Único: O que já se sabe sobre as novas regras

Conforme o planejamento que já foi apresentado pelo Governo Federal, o Cadastro Único ficará fora do ar por algum tempo antes de oficialmente liberar o acesso para a população e também para o CRAS (Centro de Referência e Assistência Social) dos municípios espalhados por todo o país.

Entre os dias 28 de fevereiro e 17 de março, não será possível acessar o aplicativo e também o sistema online do Cadastro Único. É possível também que, em algumas localidades, o CRAS esteja fechado, mas a decisão depende unicamente das prefeituras e suas secretarias, conforme a necessidade e planejamento de trabalho.

Entretanto, a partir do início da atividade do novo Cadastro Único, não existe a necessidade de que todos os inscritos realizem um novo cadastro ou façam atualizações sem motivo ou antes do tempo programado para o seu benefício social. Todos os dados serão migrados do cadastro antigo, armazenados e mantidos.

Vale lembrar que o prazo normal para atualização dos dados dos beneficiários do Bolsa Família é de 24 meses (2 anos). Entretanto, em caso de ocorrência de algum evento extraordinário na família, como o nascimento ou morte de algum membro, deve ser informado imediatamente pelo titular do benefício.

Biometria

Por enquanto, o governo diz que não será obrigatória a realização de biometria para quem recebe o Bolsa Família. Meses atrás, o MDS disse que iria exigir a identificação biométrica para diminuir as fraudes no benefício, o que não ocorreu.

A tendência é que a biometria seja realizada somente quando da convocação para atualização de dados dos beneficiários (a cada 2 anos). Isso será progressivo e os beneficiários não precisam ir até os Centros de Assistência Social por enquanto. Apenas, quando forem convocados.

A biometria diminiu a incidência de fraudes nos pagamentos e com o objetivo de diminuir o custo mensal do Bolsa Família, o governo espera convocar milhões de pessoas já no decorrer deste ano para atualizar os cadastros. A medida não é vista como punitiva, apenas para fazer o dinheiro chegar a quem realmente precisa.

Dados do Cadastro Único

De acordo com a última atualização divulgada, o Brasil tem atualmente um total de 93 milhões de pessoas inscritas no Cadastro Único - cerca de 40 milhões de famílias. Deste montante, cerca de 19,8 milhões de famílias se encaixam em situação de pobreza, o que corresponde a 49%.

Além disso, outras 12,8 milhões de famílias possuem renda acima de meio salário-mínimo, o que corresponde a 32%. Já as famílias enquadradas em situação de baixa renda são 20% (7,9 milhões).

Confira abaixo o detalhamento de acordo com o gênero e faixa etária do total de famílias inscritas no Cadastro Único: