Já está liberado o novo valor adicional do Bolsa Família. A Caixa Econômica Federal paga nesta quarta-feira (28) a nova parcela de junho agora aos beneficiários com Número de Inscrição Social (NIS) de final 8.

Essa será a primeira parcela com o novo adicional de R$ 50 e podem receber o valor extra apenas as famílias com gestantes ou que tenham filhos de 7 a 18 anos.

Quando somado ao outro adicional liberado em março, o Bolsa Família pode ultrapassar agora o valor de R$ 1.000 por mês para algumas famílias em 2023 (confira abaixo um caso real).

Diante dessas novidades, muitas pessoas então estão com dúvidas sobre os detalhes dos novos adicionais. Nesta matéria, você pode conferir como funcionam esses aumentos e quem tem direito. Confira!

Bolsa Família de até R$ 1.000: Veja quem recebe

Acaba de ser liberado pela CAIXA o adicional de R$ 50 para famílias que tenham entre os moradores mulheres grávidas e filhos de 7 a 18 anos matriculados e frequentando a escola. Esse é o Benefício Variável Familiar.

O adicional de 50 reais começa a ser pago depois do outro benefício autorizado pelo governo, aumentando as mensalidades para alguns beneficiários.

Nesse sentido, o outro adicional foi liberado em março com valor de R$ 150 apenas para famílias que tenham crianças de até 6 anos de idade.

Os adicionais aprovados no Bolsa Família podem se acumular. O valor é ainda somado ao mínimo fixo de R$ 600, podendo ultrapassar R$ 1.000 em casos de extrema necessidade.

Dessa forma, o valor total do Bolsa Família poderá chegar a no mínimo R$ 800 para quem cumpre as regras dos dois adicionais (R$ 50 e R$ 150) ao mesmo tempo. Se a família possuir duas crianças de até seis anos, então o pagamento atinge R$ 900, por exemplo. Resumindo:

  • Pagamento mínimo de R$ 600; mais
  • Adicional de R$ 150 por criança de até seis anos; mais
  • Adicional de R$ 50 para famílias com gestantes e filhos de 7 a 18 anos;
  • Pagamento total: depende da quantidade de crianças e/ou se há também gestantes.

Entretanto, vale mencionar que há ainda outros casos em que o benefício pode ultrapassar R$ 900. É o caso de Maria Cristiane Oliveira, 34 anos, que mora em Teresina, está desempregada e cuida sozinha dos sete filhos - cinco meninas e dois meninos - com 16, 13, 11, 8, 5, 2, 1 anos.

Com as novas regras, agora ela passa a receber R$ 200 pelos mais velhos, além dos R$ 450 que recebe desde março pelos mais novos, referentes ao Benefício Primeira Infância. Além disso, com o per capita de R$ 142, a família passa a ter uma renda de R$ 1.136 somente com a renda mínima garantida. A informação é do governo federal.

"Para mim, eu não compro nada, eu não compro um calçado, roupa, xampu. Penso neles. Quando posso, compro uma fruta, uma coisa melhor para eles comerem, quando tem um dinheirinho a mais", disse Cristiane Oliveira à reportagem do governo, beneficiária do Bolsa Família.

Bolsa Família 2023: entenda as mudanças

O valor mínimo do Bolsa Família é de R$ 600 por mês, mas com o novo adicional o valor médio do benefício sobe para R$ 705,40, o maior da história do programa.

Segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, neste mês de junho o programa de transferência de renda do Governo Federal alcançará 21,2 milhões de famílias, com um gasto de R$ 14,97 bilhões.

Desde o início desse ano, após a mudança na presidência, o programa social voltou a chamar-se Bolsa Família. O valor mínimo de R$ 600 foi garantido após a aprovação da Emenda Constitucional da Transição, que permitiu o gasto de até R$ 145 bilhões fora do teto de gastos neste ano, dos quais R$ 70 bilhões estão destinados a custear o benefício.

Por sua vez, o pagamento do adicional de R$ 150 começou em março, após o governo fazer um pente-fino no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), para eliminar fraudes.

Segundo o balanço mais recente, um total de 2,7 milhões de pessoas registradas no CadÚnico com inconsistências no cadastro tiveram o Bolsa Família cortado.

Apesar do corte, foi concedido um prazo de 60 dias para que cerca de 1,2 milhão de pessoas que se cadastraram como de famílias unipessoais no segundo semestre do ano passado regularizem a situação e comprovem os requisitos para retornar ao programa.

A principal regra para receber o Bolsa Família é que a família tenha renda mensal de até R$ 218 por pessoa, conta obtida ao dividir a renda total pelo número de integrantes da família.

Outra novidade incorporada ao Bolsa Família em junho é o início da regra de proteção. Mesmo conseguindo um emprego e melhorando a renda, a nova regra permite que a família permaneça no programa por até dois anos, desde que cada integrante receba o equivalente a até meio salário mínimo. Nesse caso, a família passa a receber 50% do valor do benefício a que teria direito.

No modelo tradicional do Bolsa Família, o pagamento ocorre nos últimos dez dias úteis de cada mês. O beneficiário poderá consultar informações sobre as datas de pagamento, o valor do benefício e a composição das parcelas no aplicativo Caixa Tem, usado para acompanhar as contas poupança digitais do banco.

Auxílio Gás também cai em junho

Outro benefício pago agora é o Auxílio Gás. Com valor de R$ 109 em junho, o benefício segue o calendário do Bolsa Família. O montante caiu em relação a abril por causa das reduções recentes no preço do botijão.

Com duração prevista até o fim de 2026, o Auxílio Gás vai beneficiar 5,62 milhões de famílias neste mês. Com a aprovação da Emenda Constitucional da Transição e da medida provisória do Novo Bolsa Família, o benefício foi mantido em 100% do preço médio do botijão de 13 kg até o fim do ano.

Só pode receber o Auxílio Gás quem está incluído no CadÚnico e tenha pelo menos um membro da família que receba o Benefício de Prestação Continuada (BPC). A lei que criou o programa definiu que a mulher responsável pela família terá preferência, assim como mulheres vítimas de violência doméstica.

Tanto o Bolsa Família quanto o Auxílio Gás ainda terão 3 parcelas pagas este mês. Veja quem recebe:

  • NIS final 8 - 28 de junho
  • NIS final 9 - 29 de junho
  • NIS final 0 - 30 de junho

A ordem de liberação dos pagamentos se dá de acordo com o dígito final do Número de Identificação Social (NIS). Os depósitos serão realizados sempre de segunda a sexta-feira, com depósito um dia para cada grupo no Caixa Tem.