Em parceria com o Grupo Carrefour Brasil, o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) deve assinar nesta sexta-feira, 24, um Acordo de Cooperação Técnica (ACT) com o objetivo de qualificar os milhões de brasileiros que estão inscritos no Cadastro Único.
A ação visa formar mão de obra qualificada e promover a inclusão socioeconômica desse grupo, gerando emprego e permitindo que as pessoas deixem o Bolsa Família e ingressem no mercado de trabalho.
Ainda não foram divulgados todos os detalhes de como deve funcionar o programa, mas a iniciativa deve ter como público alvo os inscritos no Cadúnico com idade a partir de 18 anos.
As vagas serão preenchidas por meio de processos seletivos e terão prioridade as mulheres negras e outros grupos em situação de vulnerabilidade. O acordo terá vigência inicial de 12 meses e ao menos 10% das vagas de emprego abertas pelo Carrefour serão destinadas aos inscritos no Cadastro Único.
"O Carrefour aceitou o desafio de selecionar pessoas do Cadastro Único, beneficiárias do Bolsa Família, e trabalhar a qualificação de caixas, pessoal de estoque, de limpeza, de atendimento. O resultado é que parte das contratações para o emprego, após aprovação na qualificação, será de mulheres e homens que estavam desempregados", explica Wellington Dias.
Governo vai tirar 1 milhão de pessoas do Cadúnico
Segundo o ministro, existem atualmente 27 milhões de pessoas em idade produtiva e aptas a trabalhar. "Muita gente com bom grau de instrução e capacidade técnica pode ser aproveitada para o mercado de trabalho, que só cresce no país".
O MDS criou uma secretaria exclusiva para articular com órgãos públicos e privados e com a sociedade civil para integrar ações e captas vagas para a qualificação e inserção das pessoas em vulnerabilidade no mercado de trabalho.
Em evento da Fiesp, o ministro Wellington Dias afirmou que o governo pretende tirar cerca de 1 milhão de pessoas do Cadastro Único até o fim do ano por meio de parcerias com empresas, como o caso do Carrefour, e oferta de crédito que proporcione a criação de pequenos negócios, que já está em discussão com o Banco do Brasil.
"A cena que eu quero reproduzir em todo o país é a de famílias que querem devolver seu cartão do Bolsa Família e trocá-lo pela carteira assinada ou por pessoas que abriram o primeiro negócio", disse o ministro.
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