Faltando poucos dias para acabar o ano e com o pagamento da última parcela em andamento, as famílias beneficiárias do Auxílio Brasil querem saber qual será o futuro do programa a partir de janeiro de 2023.
Com a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva, diplomado como próximo presidente da República na última segunda-feira (12), a equipe do governo eleito analisa algumas mudanças para o programa social já no próximo ano.
Como já informamos aqui no Ache Concursos, o Auxílio Brasil deve ser rebatizado de Bolsa Família e as negociações para continuar com o valor de R$ 600 em 2023 já estão em fase final, faltando apenas a aprovação da Câmara dos Deputados.
Mas, as mudanças não param por aí. De outubro para cá a equipe que trabalha na transição entre governos já indicou que modificações no cadastro do Bolsa Família e na forma de recebimento do benefício podem ocorrer. Veja neste post o que se sabe até agora sobre o Auxílio Brasil 2023.
Cartão de débito para todos do Auxílio Brasil
Segundo informações do portal Uol, a equipe de Lula avalia distribuir cartão de débito para todas as famílias inscritas no Auxílio Brasil. A ideia é facilitar o acesso ao benefício para as famílias de baixa renda que não sabem movimentar os valores pelo Caixa Tem ou não conexão com a internet para acessar o aplicativo da poupança social.
O novo cartão do Auxílio Brasil permite que as famílias usem o saldo para pagar compras na função de débito, sem ter que sacar o dinheiro em espécie ou transferir para outra conta.
De acordo com Marcia Kumer, funcionária aposentada da Caixa que trabalhou na elaboração do relatório, o cartão de débito simplifica o recebimento. "O dinheiro vai para a conta do cidadão, que pode operar sem internet ou telefone", afirma.
O cartão do Auxílio Brasil recebeu uma nova versão com chip a partir de julho. A novidade foi a possibilidade de realizar compras na função débito com o saldo do benefício, já que até então o antigo cartão do Bolsa Família só permitia o saque dos valores em terminais de autoatendimento, lotéricas e correspondentes Caixa Aqui.
Entretanto, o governo Bolsonaro conseguiu distribuir somente 8,5 milhões de unidades do novo cartão, ou seja, cerca de 12,5 milhões seguem recebendo pelo aplicativo ou com a versão antiga do cartão.
Caso opte por contemplar todo esse público restante, o governo Lula precisará desembolsar em torno de R$ 178 milhões para a confecção dos cartões. Segundo a Caixa, cada unidade do Cartão do Auxílio Brasil custa R$ 14,24.
Já se o governo eleito decidir por tirar de circulação os cartões com a marca do Auxílio Brasil, e repor por novos cartões do Bolsa Família, seriam necessários mais R$ 121 milhões para custear a despesa.
Cadastros do Auxílio Brasil serão revisados
Outro ponto que foi levantado pela equipe de Lula é a necessidade de realizar uma checagem completa da base de dados do Auxílio Brasil. O novo pente fino deve ocorrer nos primeiros meses de 2023 para identificar possíveis fraudes no recebimento do benefício.
A necessidade de revisão dos cadastros surgiu depois que a equipe de transição recebeu relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) alertando sobre o "fracionamento de núcleos familiares" que poderia estar ligado a fraudes para receber um número maior de benefícios do que as famílias estariam aptas.
Entre novembro de 2021 e outubro de 2022 o número de famílias unipessoais saltou de 8.929.623 para 13.912.102, quase 5 milhões em menos de um ano. O caso já começou a ser investigado pelo governo atual em setembro, convocando beneficiários com dados desatualizados no Cadúnico para o procedimento de averiguação cadastral.
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