O público do Auxílio Brasil deve ser ampliado para 20,15 milhões de famílias no próximo mês. Com o plano de zerar a fila de espera pelo benefício, o governo federal pretende incluir mais 2 milhões de pessoas no grupo de beneficiários até final de julho.
Há menos de três meses das eleições, o governo aguarda a aprovação da PEC dos Benefícios para colocar em prática medidas que vão fortalecer os programas sociais mais populares, o Auxílio Brasil e o Vale-Gás. A proposta foi aprovada em primeiro turno na última terça-feira, 12, e deve passar pelo segundo turno de votação nesta quarta (13).
A PEC que está tramitando no Congresso prevê o reajuste no valor do Auxílio Brasil para R$ 600, aumento no ticket do vale-gás que subirá o benefício para R$ 120, cria um auxílio emergencial para as categorias de caminhoneiros e taxistas.
Outra medida prevista na proposta é a de zerar a fila de espera do programa social. Segundo o Ministério da Cidadania, aproximadamente 1,6 milhão de famílias que possuem direito a receber aguardam a aprovação no Auxílio Brasil.
De acordo com apuração do jornal Estadão, o governo planeja ampliar um pouco mais e incluir 2 milhões de famílias, fazendo com que o Auxílio Brasil alcance cerca de 20,15 milhões de lares brasileiros.
Auxílio Brasil de R$ 600 foi aprovado?
Para que o novo valor de R$ 600 do Auxílio Brasil comece a valer é preciso que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) seja aprovada em dois turnos na Câmara dos Deputados e no Senado Federal. Metade deste etapa foi concluída quando a maioria dos senaadores votou favorável pela aprovação no dia 30 de junho.
Na Câmara, a tramitação foi um pouco mais turbulenta e teve atrasos, mas a PEC acabou sendo aprovada com 393 votos a favor e 14 votos contra nesta terça (12). O segundo turno de votação deve ocorrer na quarta-feira, 13. Após essa etapa, o texto deve ser promulgado e então passará a valer.
Por esse motivo, o Auxílio Brasil de R$ 600 deve iniciar apenas em agosto, a partir do dia 18/08, conforme o calendário definido para o programa. Serão depositadas 5 parcelas com o novo valor até dezembro deste ano.
Inscrição no Auxílio Brasil pelo celular
Com a notícia de que novas famílias serão selecionadas em breve, tem crescido a busca por informações sobre como fazer o cadastro no Auxílio Brasil.
O programa criado para substituir o Bolsa Família herdou também a forma de seleção das famílias de baixa renda: via Cadastro Único. O Cadúnico é a principal base de dados que o governo possui para identificar as famílias que vivem em situação de vulnerabilidade social no país e é utilizado em diversas políticas públicas sociais implementadas.
Por essa razão, as famílias que se encaixam nas regras do Auxílio Brasil não precisam fazer a inscrição para participar do programa, mas devem estar obrigatoriamente cadastradas no Cadúnico.
Para receber as parcelas de R$ 400 do Auxílio Brasil o beneficiário deve comprovar renda familiar por pessoa de até R$ 105 (situação de extrema pobreza) e renda familiar por pessoa entre R$ 105,01 e R$ 210 (situação de pobreza).
Como funciona o cadastro no Cadúnico?
Podem se inscrever no Cadastro Único as famílias que possuem renda mensal por pessoa de até meio salário mínimo (R$ 606) ou que possuem renda acima desse valor e estejam vinculadas a algum benefício que utilize o Cadúnico para concessão.
O cadastro pode ser feito presencialmente nos postos de atendimento do Cadúnico da sua cidade ou pelo celular via aplicativo do Cadastro Único.
Para fazer o pré-cadastro do Cadúnico o responsável familiar deve fazer o login no aplicativo pelo sistema Gov.br (login único do governo federal). Então, basta prestar todas as informações exigidas pela plataforma e comparecer a um posto de atendimento no prazo de 120 dias para finalizar o cadastro.
Quais documentos são necessários para fazer o cadastro do Auxílio Brasil?
Documentos obrigatórios para inscrição no Cadúnico
Para o Responsável pela Unidade Familiar (RF): CPF ou Título de Eleitor;
Para os demais membros da família: um destes documentos: certidão de nascimento, certidão de casamento, CPF, carteira de identidade (RG), carteira de trabalho ou Título de Eleitor.
Documentos não obrigatórios, mas que facilitam o cadastro:
- Comprovante de endereço, de preferência a conta de luz;
- Comprovante de matrícula escolar das crianças e jovens até 17 anos. Se não tiver o comprovante, o RF deve informar o nome da escola de cada criança ou jovem;
- Carteira de trabalho (caso tenha).
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