Pode sair nesta quinta-feira (25) o calendário do novo Auxílio Emergencial. De acordo com a Secretaria Especial de Comunicação (Secom) do governo, Bolsonaro se reúne com o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, nesta quinta, tendo como um dos assuntos os novos pagamentos do Auxílio Emergencial.
A MP com as regras de pagamento já foi publicada e já se sabe quem terá acesso às novas parcelas do benefício, bem como o calendário de pagamento. Já confirmado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, o crédito deve começar já na primeira semana de abril para informais, desempregados e inscritos no Cadastro Único e no dia 16/4 para os beneficiários do Bolsa Família.
No senado, governadores pressionam agora para aumento do valor do auxílio. Em carta assinada por 16 chefes de estado, senadores falaram com Paulo Guedes sobre a possibilidade de aumentar o valor do novo auxílio para R$ 600, patamar do ano passado. Guedes, disse que não descarta um benefício mais alto, mas que isso dependeria de contrapartidas como a venda de empresas públicas que dão prejuízo. "O estado está financeiramente quebrado, mas cheio de ativos. Vimos que é possível aumentar o valor, mas tem que ser em bases sustentáveis. Se aumentar o valor sem por outro lado ter as fontes de recursos corretas, traz a superinflação ou a inflação de dois dígitos como era antigamente. O resultado final é desemprego em massa e o imposto mais cruel sobre os mais pobres que é a inflação", disse o ministro.
Auxílio será pago para 45,6 milhões
O governo informou que o novo auxílio deve atender a 45,6 milhões de pessoas entre abril e julho, pouco mais da metade dos 68,2 milhões que receberam o benefício em 2020. Isso significa que em torno de 23 milhões de brasileiros que foram beneficiados no ano passado ficarão de fora do Auxílio Emergencial em 2021.
A redução no número de beneficiários já havia sido anunciada pelo governo desde que admitiu a possibilidade de retornar com os pagamentos. O alcance do programa social terá que ser limitado já que foi aprovado na PEC Emergencial o teto de gastos R$ 44 bilhões para as novas parcelas do benefício. O valor é menor do que os R$ 293 bilhões destinados às 9 parcelas no ano passado, mas mesmo assim permitiria o pagamento de quatro parcelas de R$ 250 para cerca de 44 milhões de brasileiros.
O valor do Auxílio em 2021 será variável conforme a composição familiar de cada beneficiário. Famílias monoparentais chefiadas por homens receberão R$ 150,00, já famílias formadas por casais (com ou sem filhos) deve receber R$ 250 por parcela. Já as mulheres chefes de família que sempre tiveram direito a cota dupla vão receber R$ 375,00 por mês.
Novo Auxílio Emergencial é defendido por 83% dos brasileiros
Segundo uma pesquisa realizada pelo Instituto DataSenado, a maioria dos brasileiros concorda com a prorrogação do Auxílio Emergencial em 2021. O benefício, pago a informais, autônomos e desempregados foi defendido por 83% dos entrevistados e reprovado por 15% da população. Entre os que defendem o benefício, 69% sugerem um valor de R$ 600 por parcela e a concessão até que toda a população esteja vacinada. A volta do Auxílio Emergencial ainda é vista por 68% dos entrevistados como benéfica para a população e para a economia.
Cerca de 40% dos brasileiros ouvidos na pesquisa solicitaram o benefício no ano passado e, desse grupo, 83% recebeu alguma parcela. Para 79% dos beneficiados, a ajuda do governo federal foi a principal fonte de renda durante a pandemia. Entre os que receberam o auxílio emergencial, 75% disseram não ter tido dificuldade para acessar o dinheiro. Entre os 25% que enfrentaram problemas, o aplicativo da Caixa surge como o principal entrave (41%). Outros problemas relatados foram no cadastro do CFP (19%) e no acesso à internet (12%).
*Com informações da Agência Senado
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