Prorrogação do Auxílio Emergencial 2021 pode ter mais que 3 parcelas, diz Guedes

O ministro da Economia, Paulo Guedes, confirmou que o governo federal vai prorrogar o Auxílio Emergencial 2021 por mais 3 meses, num primeiro momento. Guedes confirmou a informação em uma reunião virtual da Comissão Temporária da Covid-19 criada pelo Senado. Além de debater a situação fiscal do país, o ministro anunciou a prorrogação oficial do benefício e uma possível nova extensão futura - veja abaixo.

A decisão de estender o benefício por mais três parcelas já estava acordada também com o presidente Jair Bolsonaro. Até então, Guedes não havia definido se o benefício iria até setembro ou outubro. "Então o auxílio que terminaria em 31 de julho, ele segue agosto, setembro e outubro. Outubro é o mês que todos os governadores tão dizendo que terão vacinado toda a população adulta brasileira. Alguns estados estão inclusive anunciando pra final de agosto e início de setembro", citou.

Em outro momento, Guedes disse que o auxílio poderá ser prorrogado para além das 3 parcelas já previstas. "Quem dirige o auxílio emergencial é a pandemia. Se a pandemia continuasse fora de controle em setembro, outubro, novembro, vamos ter que renovar de novo o auxílio emergencial. Mas não é a expectativa no momento" completou Guedes.

O novo calendário de pagamentos do Auxílio Emergencial em 2021 teve início em abril e seria finalizado em julho, totalizando assim o pagamento de 4 parcelas. Agora, com a prorrogação em vista, os beneficiários receberão mais três parcelas nos meses de agosto, setembro e outubro, totalizando 7 pagamentos por família. Veja o anúncio de Guedes:

Prorrogação do Auxílio 2021 vai custar mais R$ 27 bilhões

Para financiar os novos pagamentos de mais 3 parcelas o governo federal terá que abrir crédito extraordinário, já que o teto de R$ 44 bilhões aprovado na PEC Emergencial não será suficiente. A prorrogação custará R$ 27 bilhões aos cofres da União, visto que o pagamento de cada parcela do benefício representa uma despesa de R$ 9 bilhões. No entanto, ainda há saldo remanescente dos pagamentos anteriores.

"O auxílio emergencial são R$ 9 bilhões por mês. Então, seriam R$ 18 bilhões por dois meses. Só que R$ 7 bilhões já estão lá de remanescente do auxílio emergencial do ano passado", explicou o ministro.

Quem recebe a prorrogação do auxílio?

A intenção do governo é manter os pagamentos somente para quem já é elegível hoje, sem um novo cadastro. Assim, o executivo não deve ampliar o número de beneficiários e as parcelas extras devem continuar chegando para o grupo de 39 milhões de aprovados até agora.

Os valores também devem permanecer iguais, com parcelas de R$ 150 para pessoas que moram sozinhas, R$ 250 para famílias compostas por mais de uma pessoa e R$ 375 para mulheres chefes de família.

O governo quer fortalecer o Bolsa Família e deve incluir mais pessoas nos 14 milhões de inscritos atualmente, parte dos beneficiários de agora do Auxílio Emergencial. O valor do novo Bolsa Família também deve ser maior, podendo chegar a R$ 300 - hoje é de R$ 190 por mês em média.

Calendário da prorrogação do Auxílio 2021

Ainda não há calendário oficial da extensão do auxílio em 2021, mas os novos pagamentos devem iniciar na segunda quinzena de agosto, como vem acontecendo nas parcelas atuais, sempre pagas depois do dia 15 de cada mês.

Porém, já é possível saber quando será realizado o pagamento da 5ª, 6ª e 7ª parcelas do auxílio emergencial para o público do Bolsa Família. Isso porque este grupo recebe o benefício do governo federal sempre conforme o calendário próprio do programa. Com base nestas datas, confira como deve ficar o calendário da extensão do Auxílio para o Bolsa Família:

Calendário 5ª parcela Auxílio Emergencial

Calendário 6ª parcela Auxílio Emergencial

Calendário 7ª parcela Auxílio Emergencial