O ministro da Economia, Paulo Guedes, confirmou na última terça-feira (8) que o governo deve prorrogar o Auxílio Emergencial 2021 por pelo menos mais dois meses. Segundo o chefe da pasta econômica, o governo já garante pagar mais duas parcelas do benefício até setembro e ainda existe a possibilidade de ampliar até outubro, a depender do avanço da vacinação da população adulta.
De acordo com Guedes, a decisão de prorrogar o auxílio por mais dois ou três meses meses é baseada nas declarações de governadores de diversos estados que afirmaram conseguir vacinar a maior parte da população adulta até setembro. "Todos os governadores estão dizendo que toda a população adulta estará vacinada no final de setembro. Se isso não acontecer, a gente estende o auxílio emergencial. Nós estamos estendendo para agosto e setembro. Se for necessário, estenderemos mais", afirmou o ministro, em conferência virtual da Frente Parlamentar do Setor de Serviços .
Há algumas semanas o ministro já vinha demonstrando posição favorável à extensão do benefício caso o governo não conseguisse vacinar 70% da população e nem imunizar 100% dos idosos. "O auxílio emergencial é uma arma que nós temos e que pode, sim, ser renovado. Se, ao contrário do que esperamos, a doença continuar fustigando, as mortes continuam elevadas, a vacina por alguma razão não está chegando, tem que renovar", disse o ministro em declarações anteriores.
Guedes afirmou ainda que o período em que o auxílio será prorrogado deve ser decidido pelo presidente Jair Bolsonaro. "O presidente Jair Bolsonaro é quem vai decidir o prazo. Primeiro, esses dois ou três meses, e então devemos aterrissar em um novo programa social que vai substituir o Bolsa Família", concluiu.
Prorrogação do Auxílio 2021 deve custar R$ 18 bilhões
Para custear o pagamento de pelo menos mais duas parcelas o governo federal terá que abrir crédito extraordinário, já que o teto de R$ 44 bilhões aprovado na PEC Emergencial não será suficiente. Segundo o ministro, a prorrogação do Auxílio Emergencial 2021 custará R$ 18 bilhões aos cofres da União, visto que o pagamento de cada parcela do benefício representa uma despesa de R$ 9 bilhões.
"O auxílio emergencial são R$ 9 bilhões por mês. Então, seriam R$ 18 bilhões por dois meses. Só que R$ 7 bilhões já estão lá de remanescente do auxílio emergencial do ano passado. Precisaríamos de R$ 11 bilhões, que viriam por crédito extraordinário", explicou o ministro.
Dessa forma, o governo não deve ampliar o número de beneficiários e as 6 parcelas do Auxílio 2021 devem continuar chegando para o grupo de 39 milhões que foram aprovados para receber a 1ª e 2ª parcelas. Os valores também devem permanecer iguais, com parcelas de R$ 150 para pessoas que moram sozinhas, R$ 250 para famílias compostas por mais de uma pessoa e R$ 375 para mulheres chefes de família.
A prorrogação por mais dois ou três meses também gera mais tempo para que o governo possa finalizar o projeto do novo programa social que deve substituir o Bolsa Família. Até o momento, o governo não divulgou mais detalhes sobre o novo programa, mas sabe-se que ele deve incluir os 14 milhões de inscritos do Bolsa Família e parte dos beneficiários do Auxílio Emergencial.
O valor do novo benefício também deve ser maior do que o tíquete médio atual do BF (R$ 190 por mês) e ficar em torno de R$ 250. Ao comentar sobre a reformulação do Bolsa Família algumas semanas atrás, Bolsonaro afirmou que o governo planeja aumentar o valor a partir de agosto ou setembro. "O auxílio emergencial está R$ 250, é pouco, sei que está pouco, mas é muito maior que a média do Bolsa Família. A gente pretende passar para R$ 250, agora, em agosto, setembro", disse Bolsonaro.
3ª parcela será paga em junho
Neste mês de junho a Caixa Econômica Federal vai creditar a 3ª parcela do Auxílio Emergencial para quase 39 milhões de brasileiros, sendo 29 milhões de trabalhadores informais, MEIs, desempregados e inscritos no CadÚnico e ainda outros 10 milhões de integrantes do Bolsa Família.
O governo ainda não confirmou se irá antecipar o calendário da 3ª parcela para trabalhadores informais, desempregados, MEIs e inscritos no Cadastro Único (CadÚnico) e, por isso, o início do pagamento para este grupo está previsto para 20 de junho, conforme o cronograma divulgado pelo Ministério da Cidadania. Confira:
Mês de nascimento | Data do crédito em conta | Data para saque em dinheiro |
Janeiro | 20 de junho | 13 de julho |
Fevereiro | 23 de junho | 15 de julho |
Março | 25 de junho | 16 de julho |
Abril | 27 de junho | 20 de julho |
Maio | 30 de junho | 22 de julho |
Junho | 04 de julho | 27 de julho |
Julho | 06 de julho | 29 de julho |
Agosto | 09 de julho | 30 de julho |
Setembro | 11 de julho | 04 de agosto |
Outubro | 14 de julho | 06 de agosto |
Novembro | 18 de julho | 10 de agosto |
Dezembro | 21 de julho | 12 de agosto |
Já para o público do Bolsa Família, a terceira parcela do Auxílio Emergencial será paga de acordo com o calendário do programa para o mês de junho. Lembrando que para este grupo o saque e transferência já fica disponível na data em que o valor é depositado em conta. Confira abaixo as datas da 3ª parcela para o Bolsa Família:
Dígito final do NIS | Data de pagamento |
1 | 17 de junho |
2 | 18 de junho |
3 | 21 de junho |
4 | 22 de junho |
5 | 23 de junho |
6 | 24 de junho |
7 | 25 de junho |
8 | 28 de junho |
9 | 29 de junho |
0 | 30 de junho |
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