Um novo fato tem deixado os beneficiários do Auxílio Emergencial aflitos nas últimas semanas. Ao entrar no aplicativo Caixa Tem e consultar o saldo os usuários se deparam com a conta poupança digital zerada e a seguinte mensagem na tela: TR VLR CX. Mas o que aconteceu com o benefício na data prevista para realizar o saque? Fique tranquilo que nós iremos explicar.
Para evitar aglomerações nas agências bancárias como aconteceu no mês de abril, a Caixa passou a realizar os pagamentos do Auxílio Emergencial em poupança digital para todos os beneficiários, com exceção dos inscritos no Bolsa Família. Portanto, mesmo aqueles que na hora do cadastro indicaram uma conta de qualquer instituição financeira tiveram que migrar para o Caixa Tem para movimentar o benefício.
Dessa forma, todos que receberam alguma parcela do auxílio emergencial precisaram seguir dois calendários: um elaborado com datas para crédito dos R$ 600 na conta poupança e outro com as datas liberadas para saque e transferência do dinheiro, definido conforme mês de nascimento do cidadão. Entretanto, um detalhe desconhecido por muitos é que, na data marcada para o saque, o banco movimenta automaticamente o dinheiro para outra conta.
O que significa "TR VLR CX" no Caixa Tem?
Essa prática vem acontecendo desde a 2ª parcela paga no mês de maio quando no dia marcado para o saque do valor os beneficiários notaram que a sua conta estava zerada e a mensagem "Tev Aux Em" foi exibida pelo aplicativo Caixa Tem. Agora, a sigla que muitos têm observado é "TR VLR CX", mas a ação é a mesma e não significa que o seu dinheiro desapareceu.
"Para aqueles que não tinham conta em banco nenhum, o dinheiro continua na conta digital. Para os 10 milhões que já tinham contas [na Caixa ou em outros bancos], esse valor foi depositado nessas contas", explicou o presidente da Caixa, Pedro Guimarães.
Questionada sobre os diversos relatos que beneficiários do Auxílio Emergencial têm feito nos últimos dias, a Caixa esclareceu que a sigla "TR VLR CX" quer dizer "Transferência Valores Caixa" e é utilizada quando o banco, na data prevista no calendário de saque, transfere o dinheiro para a conta que o beneficiário indicou no momento do seu cadastro. Portanto, para realizar o saque desse valor o cidadão deve consultar a conta da instituição financeira indicada.
Caixa Tem foi alvo de ação de hackers
O aplicativo Caixa Tem esteve na mira de um grupo de hackers que buscava desestabilizar o app em uma "ação orquestrada" que foi identificada pelo governo. De acordo com o general Oliveira Freitas, Assessor Especial de Segurança da Informação do GSI (Gabinete de Segurança Institucional da Presidência), o grupo tinha o objetivo de prejudicar a exibição do saldo e gerar problemas nos pagamentos realizados pela Caixa.
Uma das ações reconhecida foi a utilização de "robôs" para disparar mensagens aos beneficiários de que o aplicativo estava enfrentando problemas com a visualização de saldo. Segundo o general, o Centro de Tratamento e Resposta a Incidentes Cibernéticos de Governo (CTIR Gov) tem registrado aumento na ações de tentativa de fraude nas vésperas de pagamentos do Auxílio Emergencial.
"Nós divulgamos apenas dados genéricos para não estimular a prática. Mas sabemos que quando começou esse processo o número de ataques ao sistema aumentou muito. Quando se detecta indício de crime informa-se à Polícia Federal que toma as providências cabíveis", disse o general.
A Caixa Econômica Federal informou que não houve nenhum registro de intermitência nas funções do aplicativo e que a consulta do saldo está funcionando normalmente. O CTIR Gov reconheceu que as atividades de criminosos cibernéticos que buscam tirar vantagem com a disseminação de aplicativos maliciosos têm aumentado.
Como evitar cair em golpes do Caixa Tem
O o Laboratório de Cibersegurança da PSafe (dfndr lab) listou 5 dicas de como identificar e se proteger de golpes e aplicativos falsos:
- Utilize soluções de segurança no celular para verificar se o site acessado é confiável. Opte sempre por aplicativos de segurança que realizam a detecção automática de links maliciosos (phishing) recebidos através de aplicativos de mensagem e redes sociais;
- Ao receber promoções e ofertas que lhe pareçam boas demais, desconfie. Verifique o site oficial da empresa que oferece o benefício;
- Jamais forneça dados pessoais ou bancários em links ou aplicativos de procedência desconhecida;
- Para saber se um aplicativo é confiável, verifique quem é o desenvolvedor do app, leia as avaliações de usuários e desconfie caso sejam insuficientes ou negativas;
- Na dúvida, utilize um recurso de instalação segura de apps.
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