O Auxílio Emergencial beneficiou mais de 36 milhões de famílias brasileiras no ano passado e desde o pagamento da última parcela, em outubro de 2021, muitos se perguntam se o programa voltará em 2022. Criado em 2020 em meio à pandemia da covid-19, e prorrogado em 2021, brasileiros que não ingressaram agora no Auxílio Brasil estão sem recursos para manter condições mínimas de subsistência.
Por enquanto, o governo não comenta o assunto Auxílio Emergencial e diz que o programa terminou. Em seu lugar, passou a vigorar o Auxílio Brasil que vem sendo pago desde novembro aos brasileiros. Dos 36 milhões que recebiam o Auxílio Emergencial, menos da metade (17,5 milhões) estão recebendo agora o Auxílio Brasil, antigo Bolsa Família, no valor médio de R$ 407.
A dificuldade em retomar o Auxílio Emergencial é o custo excedente que seria criado, visto que o Auxílio Brasil recebeu um aporte de R$ 54,6 bilhões, elevando a dotação total do programa em 2022 para R$ 89,1 bilhões - a previsão inicial era somente de R$ 34,7 bilhões.
Com a aprovação da PEC dos precatórios no Congresso Nacional, um espaço adicional de R$ 113,1 bilhões foi aberto para novas despesas no orçamento deste ano, segundo a Instituição Fiscal Independente (IFI) no Relatório de Acompanhamento Fiscal (RAF) de janeiro, órgão vinculado ao Senado Federal.
Destes R$ 113 bilhões "abertos" no orçamento, R$ 27,5 bilhões foram para a previdência pagar os reajustes do salário mínimo e demais benefícios por conta da alta maior da inflação que fechou em 10,16% no ano passado.
O Auxílio Emergencial custou R$ 62,6 bilhões em 2021. Assim, o governo já cogita ampliar ainda mais o público do Auxílio Brasil e colocar 20 milhões de pessoas no programa. A medida já é vista com bons olhos na base governista de Bolsonaro, que buscará a reeleição este ano.
Auxílio Emergencial em 2022 tem cota extra
Ainda assim, o governo federal editou uma Medida Provisória (MP) com um crédito suplementar de R$ 4 bilhões para ampliar o Auxílio Emergencial. A MP 1.084/21 é para o auxílio emergencial retroativo, para pais solteiros. Estima-se que deverão ser beneficiados 1,3 milhão de homens chefes de família que criam os filhos sozinhos.
Isso está acontecendo porque diferentemente das mães, nos pagamentos que foram feitos em 2020, os homens que criam os filhos sozinhos não puderam pedir a cota dupla. Assim, agora, eles terão direito a esse valor como uma medida de igualdade.
Assim, os pais deverão receber um valor médio de R$ 3.000,00 cada um, considerando que serão pagas as cotas duplas das 5 parcelas originais do Auxílio de R$ 600.
O depósito dos valores será feito por meio das contas digitais na Caixa, que podem ser acessadas pelo Caixa Tem. O valor já está disponível aos pais solteiros chamados "Extracad", isto é, que não estão no Cadastro Único nem no Auxílio Brasil, desde 13 de janeiro.
Para fazer a consulta basta acessar o site https://consultaauxilio.cidadania.gov.br/consulta/ e preencher nome completo, data de nascimento e número do CPF.
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