O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) informou que a Fundação Cesgranrio, banca responsável pelo Concurso Nacional Unificado (CNU), precisou de tempo adicional para processar as listas finais do certame.

Previsto para ser divulgado às 10h, o MGI alegou que o resultado deverá sair ao longo desta sexta-feira, 28 de fevereiro.

Em comunicado publicado pouco antes da previsão inicial, a pasta explicou que a demora ocorreu devido à necessidade de resolver a situação dos candidatos que ainda dependem de decisões judiciais (sub judice) antes da classificação final.

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Motivo do atraso

Devido ao caráter judicial, sempre que um candidato sub judice consegue uma liminar, a posição dos demais no resultado final também muda, provocando alterações nas listas de vagas imediatas e nas de cadastro de reserva.

Assim, esses casos estão sendo tratados separadamente e classificados em lista específica, refletindo a posição que ocupariam caso estivessem em situação regular.

"A opção foi retardar o momento em que as listas começaram a ser geradas. O tratamento desses candidatos requer especial cuidado, pois, pelas características do CNU, cada vez que um candidato entra em uma vaga, ele provoca uma reação em cadeia, alterando centenas de resultados e demandando um novo processamento de todas as listas", afirmou o MGI em nota.

O Ministério reforçou que "estão sendo tomadas as providências para que nenhum candidato sub judice ocupe o lugar de um candidato classificado em situação regular".

Resultado do CNU

O CNU oferece 6.640 vagas de níveis médio e superior para 21 órgãos e entidades do Executivo Federal. As oportunidades estão distribuídas em 8 blocos temáticos. Os aprovados receberão salários iniciais entre R$ 5.866,69 (Técnico do IBGE) e R$ 22.921,71 (Auditor Fiscal do Trabalho).

As provas foram aplicadas em 18 de agosto em 228 municípios, com mais de 2,1 milhões de candidatos inscritos. No entanto, segundo o MGI, mais de 40% dos inscritos não compareceram.

Os resultados finais serão disponibilizados no site oficial do CNU e nos portais dos órgãos participantes.

Os candidatos deverão conferir suas notas e classificação na lista de aprovados. Também serão publicados os nomes dos convocados para as próximas etapas, como apresentação de documentação e cursos de formação para algumas carreiras.

Próximas etapas e nomeação

Após a publicação do resultado final, os candidatos devem verificar sua classificação e conferir a pontuação oficial. Também é importante acompanhar a homologação do concurso, prevista para abril.

A previsão é que as primeiras nomeações ocorram entre abril e junho, dependendo da conclusão dos trâmites administrativos. Algumas carreiras exigem curso de formação, cuja duração pode variar entre 200 e 580 horas.

Curso de formação e vagas remanescentes

O MGI realizou a terceira e última chamada para os cursos de formação do CNU, encerrando o processo de seleção para candidatos de nível superior. Os cursos terão início em março e serão presenciais em Brasília, exceto para o cargo de especialista em regulação de saúde suplementar, que ocorrerá no Rio de Janeiro. O curso para auditor-fiscal do trabalho será híbrido.

Durante a formação, os participantes receberão 50% da remuneração inicial do cargo, com despesas de transporte e estadia sendo de responsabilidade dos candidatos.

Próxima edição do CNU: 2025

Para aqueles que não foram aprovados, uma nova edição do CNU está prevista para 2025. O governo federal pretende aprimorar o formato do concurso, com expectativa de oferta entre 3.000 e 3.500 vagas neste ano.

A ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, destacou que o novo concurso terá oportunidades para carreiras estratégicas, incluindo Analista Técnico de Desenvolvimento Socioeconômico (ATDS) e Carreira de Desenvolvimento das Políticas de Justiça e Defesa, com 750 vagas cada e salários iniciais de R$ 9.711,00.

O edital deve ser publicado até abril de 2025, e as provas estão previstas para agosto.