Com a proximidade de mais um ano letivo, os pais se veem diante de mais uma preocupação: a compra do material escolar dos seus filhos. Tendo em vista o quanto o início do ano é um período repleto de gastos com férias, festas de Natal e ano novo, impostos como IPVA e IPTU, saber como economizar é fundamental.

E na hora da compra dos materiais escolares, a tarefa de economizar não é simples. Até porque, para se ter ideia, em 2022, os cadernos e os artigos de papelaria aumentaram cerca de 10%, aponta o IBGE. Já em 2023, o reajuste pode chegar a até 30%.

Diante disso, confira abaixo, algumas dicas de como economizar no começo de 2023, com a compra de materiais escolares.

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Por que os materiais escolares estão tão caros?

De acordo com Sidnei Bergamaschi, presidente executivo da Associação Brasileira de Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares (ABFIAE), deve haver um crescimento de 25% no preço das mochilas, e de 20% para os estojos.

A inflação segue sendo uma vilã dos preços mais altos dos produtos e serviços. Mas não é só isso. Segundo Bergamaschi:

"Pelo segundo ano, os fabricantes de cadernos sentiram um grande aumento nos preços do papel, principal matéria-prima. O dólar elevado, a redução de capacidade de produção e a menor oferta dos fabricantes, assim como o aumento de demanda internacional e a guerra na Ucrânia, foram os principais fatores".

O dólar influencia no valor dos materiais escolares, pois a maioria dos produtos do setor são importados.

Você precisa ver

Em relação aos cadernos, a ABFIAE destaca a alta nos preços do papel. Isso se deve, ao aumento da demanda no cenário internacional e a continuidade da guerra na Ucrânia, que impacta na oferta dos fornecedores.

Ademais, é importante citar, a tributação que é paga nos materiais escolares. Para se ter ideia, as canetas têm tributação de 47,49%; borrachas e apontadores de 43,19%, e os cadernos e lápis, 34,99% cada.

Como economizar na compra dos materiais escolares?

Créditos: Divulgação/Canva
Créditos: Divulgação/Canva

Abaixo, confira algumas dicas da planejadora financeira Paula Bazzo, entrevistada pela CNN:

1. Na hora de fazer suas compras, leve a lista de materiais

Antes de mais nada, avalie todos os materiais para ver quais você realmente precisa comprar. A partir dessa organização, você EVITA gastos desnecessários.

E é bom ficar ligado! De acordo com o Instituto Brasileiro de Direitos do Consumidor (Idec), nem tudo pode ser pedido na lista de material. Por exemplo: a escola não pode pedir produtos de higiene, de limpeza, copos, quantidades absurdas de papel e grampos.

Além disso, o Procon-SP alerta que é abusiva a prática de cobrar uma taxa de material escolar sem a apresentação de uma lista. Sendo assim, a escola DEVE apresentar uma lista dos itens que devem ser adquiridos.

2. Confira o que pode ser reaproveitado

Muitas vezes, os materiais como lapiseira, lápis, caneta, réguas, mochilas, fichários, pastas, podem ser reaproveitados todos os anos. Sendo assim, antes de ir às compras, veja o que você já tem, o que está bom, e o que pode ser reutilizado.

3. Pesquise e compare preços

Não tem jeito: a melhor dica para economizar, é PESQUISAR. E aqui, é importante citar: você pode fazer a pesquisa e comparação de preços tanto em lojas online quanto em lojas físicas.

Aqui vale fazer um lembrete: ao pesquisar os preços dos itens na internet, pesquise também qual é o valor do frete. Uma dica interessante do Idec, é reunir um grupo para ir às compras. Em geral, o atacado é mais interessante e econômico.

Por fim, vale ressaltar que a escola não pode exigir uma marca ou local de compra específico. E só pode haver a exigência de compra de material na própria escola, no caso de uma apostila pedagógica própria, por exemplo.

4. Confira se os materiais precisam ser comprados no inicio do ano

Há materiais usados desde o primeiro de aula. Por outro lado, há aqueles que podem ser comprados no decorrer do ano letivo. Nesse caso, a dica é consultar a escola e professores, sobre quais os materiais menos "importantes" no começo das aulas.

5. Leve em conta o custo-benefício

Às vezes, ao pagar um pouco mais caro por um material, você pode aproveitar o mesmo por mais de um ano letivo. Exemplo disso, é uma mochila de boa qualidade. Ao invés de comprar uma nova todo ano, você pode comprar uma de boa qualidade que vai durar mais tempo.

Sendo assim, é necessário observar o custo-benefício dos materiais. De acordo com Paula Bazzo, "Pagar barato não é sinônimo de boa compra".

6. Se possível, deixe as crianças e adolescentes em casa

Se você puder, não leve os seus filhos junto na hora de fazer as compras de materiais escolares. De acordo com o Idec, "A melhor maneira de evitar gastos supérfluos e a compra de itens mais caros é não levar as crianças para a compra do material escolar, mesmo que elas insistam".

Por outro lado, se isso não for possível, é chegada a hora de ensinar educação financeira às crianças. Ou seja, é necessário que a criança ou adolescente compreenda a situação financeira da família, e saiba o que pode ou não, ser comprado.

Dicas para fazer a compra de materiais escolares pela internet

Se você vai fazer a compra online dos materiais escolares, é necessário estar de olho em alguns pontos. São eles:

  • Confira a confiabilidade do site, para evitar cair em golpes com falsas promoções;
  • Pesquise e compare preços. Para isso, use a opção "Shopping/Compras" do Google, que realiza a comparação de preços;
  • Confira se os materiais escolares vão chegar antes do início das aulas;
  • Analise sempre o valor do frete, e tenha certeza que a compra online compensa;
  • Proteja os seus dados ao realizar a compra online.