A inflação é um termo que pode causar desconforto para muitas pessoas, especialmente quando se trata de tomar decisões financeiras importantes. A taxa de inflação pode ter um impacto significativo no poder de compra de uma pessoa, e pode determinar se ela será capaz de comprar produtos ou serviços essenciais.

Quando a inflação está alta, o custo de vida pode aumentar consideravelmente, e os preços dos bens e serviços podem se tornar muito mais caros. Nessa situação, é importante que as pessoas considerem cuidadosamente suas opções de compra, e tomem medidas para proteger sua renda e seu padrão de vida.

E a projeção do mercado para a inflação em 2023 não é nada animadora. É dito isso, o Banco Central divulgou na manhã de segunda-feira, 10, no Boletim Focus, que houve um aumento na projeção do mercado financeiro para a inflação de 2023. Abaixo, confira todos os detalhes.

Qual é a previsão para o IPCA?

De acordo com o relatório, a previsão para o IPCA deste ano foi ajustada de 5,96% para 5,98%. Há um mês, a mediana das projeções era de 5,96%.

Já para 2024, um horizonte cada vez mais importante para a estratégia de convergência à inflação do BC, a projeção subiu de 4,13% para 4,14% na última semana. Isso representa um aumento em relação aos 4,02% registrados há quatro semanas atrás.

Em 2020, o Conselho Monetário Nacional (CMN) estabeleceu a meta de inflação para 2023 em 3,25%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. No entanto, o atual presidente Lula considerou o patamar muito baixo.

Infelizmente, a inflação do país ultrapassou a meta em dois anos consecutivos, em 2021 e 2022. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, teve que explicar publicamente a razão do descumprimento da meta. Segundo o Banco Central, há 83% de chance de a meta ser novamente descumprida este ano.

Para piorar a situação, nos meses de julho, agosto e setembro do ano passado o país teve deflação (inflação negativa) o que não deve se repetir esse ano, pressionando ainda mais o índice.

Expectativas para o PIB seguem iguais

Os analistas entrevistados mantiveram suas expectativas para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) deste ano em 0,91% nesta semana, sem alterações em relação à semana anterior.

As estimativas para a taxa básica de juros, a Selic (12,75% ao ano), e para a taxa de câmbio, o dólar (R$ 5,25), também permaneceram inalteradas.

A inflação afeta diretamente o poder de compra da população, principalmente dos menos favorecidos, pois os preços dos produtos sobem sem que os salários acompanhem a alta, reduzindo o poder de compra das pessoas.

Taxa Selic

De acordo com o mercado financeiro, a projeção para a taxa básica de juros da economia, Selic, permanece inalterada em 12,75% ao ano para o final de 2023.

Atualmente, a Selic encontra-se em 13,75% ao ano, e o Copom (Comitê de Política Monetária) sinaliza que os juros deverão permanecer elevados por um período prolongado. Apesar disso, o mercado continua projetando uma queda da Selic ainda em 2023.

Em relação ao final de 2024, a expectativa do mercado para a Selic permanece estável em 10% ao ano.