Na última sexta-feira (27), a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) anunciou que a conta de luz deverá continuar sem cobrança extra em fevereiro.

Desta forma, a agência mantém a bandeira tarifária verde acionada, o que não acarreta em nenhuma tarifa a mais para os consumidores de energia com base no seu consumo mensal. Vale ressaltar que a bandeira verde encontra-se ativa desde 16 de abril de 2022.

A Aneel criou o sistema de bandeiras tarifárias a fim de sinalizar o custo da geração de energia. Todos os finais de mês, a agência decide qual será a cor da bandeira para vigorar no mês seguinte.

Se o custo de produção de energia aumenta, como acontece nos casos do acionamento de usinas térmicas (mais poluentes e mais caras), por exemplo, a Aneel tem a liberdade de colocar em ação as bandeiras amarela ou vermelha patamar 1 ou 2, representando assim um custo extra ao consumidor.

Custo adicional das bandeiras tarifárias de energia elétrica

Veja abaixo como funcionam os custos adicionais das bandeiras tarifárias nas contas de luz:

  • Bandeira verde (quando as condições são favoráveis para a geração de energia) - não há cobrança adicional;
  • Bandeira amarela (quando as condições estão menos favoráveis) - R$ 2,989 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos;
  • Bandeira vermelha patamar 1 - (quando as condições estão desfavoráveis) - R$ 6,500 a cada 100 kWh consumidos;
  • Bandeira vermelha patamar 2 (quando as condições ficam muito desfavoráveis) - R$ 9,795 a cada 100 kWh consumidos;

Qual a situação atual dos reservatórios?

De acordo com os dados divulgados pelo ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), até a última quinta-feira (26), o nível dos reservatórios do Sudeste e do Centro-Oeste (responsáveis por cerca de metade da capacidade de produção de energia no país), estava em 67,90%, o que é considerado confortável pelo operador.

Comparado a janeiro de 2021, os reservatórios da região estavam com 23,35% de volume. Este foi o ano em que a crise energética ficou mais agravante.

Para a ONS, espera-se que os reservatórios dos quatro subsistemas do Brasil finalizem o mês de janeiro de 2023 com níveis superiores a 60%.

Já a estimativa para o subsistema Sudeste/Centro-Oeste é finalizar o mês de janeiro com 69% da capacidade. Caso esta projeção seja confirmada, o ONS diz que esse será o maior percentual registrado para o mês desde 2012.