A partir da próxima quarta-feira, 1º de março, a Petrobras deverá reduzir o preço médio de venda de gasolina para as distribuidoras. O valor passará de R$ 3,31 para R$ 3,18 por litro, uma redução de R$ 0,13 por litro, ou de 3,93%.

Levando em consideração a mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro que compõem a gasolina que é comercializada nos postos, a parte da Petrobras no preço ao consumidor será, em média, R$ 2,32 por litro vendido na bomba.

A medida ocorre após o governo confirmar que vai retomar a cobrança da Cide e do Pis/Cofins na Gasolina e no Etanol a partir desta quarta-feira. Com isso, a gasolina deve subir cerca de R$ 0,70 por litro. Agora, com a redução de cerca de R$ 0,13 por litro, nas bombas o valor deve subir por volta de R$ 0,50.

Preço do Diesel também deve cair

Outra novidade é o preço médio do diesel A vendido nas bombas. O combustível também terá uma redução na venda da Petrobras para as distribuidoras e passa de R$ 4,10 para R$ 4,02 por litro, uma redução de R$ 0,08 por litro, ou de 1,95%.

Considerando a mistura obrigatória de 90% de diesel A e 10% de biodiesel para que seja composto o diesel vendido nos postos, a parte da Petrobras no preço ao consumidor será, em média, R$ 3,62 a cada litro vendido na bomba.

Em comunicado, a petroleira destacou:

"Essas reduções têm como principal balizador a busca pelo equilíbrio dos preços da Petrobras nos mercados nacional e internacional, através de uma convergência gradual, contemplando as principais alternativas de suprimento dos nossos clientes e a participação de mercado necessária para a otimização dos ativos. A companhia, na formação de preços de derivados de petróleo e gás natural no mercado interno, busca evitar o repasse da volatilidade conjuntural das cotações e da taxa de câmbio, ao passo que preserva um ambiente competitivo salutar nos termos da legislação vigente".

Haddad falou sobre o PPI

Em comentário na última segunda, 27, sobre o PPI (Preço de Paridade de Importação), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a política "significa que há um colchão", na qual permitiria aumentar ou diminuir o preço dos combustíveis, podendo ser utilizado sem mexer diretamente no preço.

No entanto, para que haja uma compensação completa da reoneração dos impostos sobre combustíveis, a redução dos preços deveria ser maior, o que acarreta em uma incerteza no mercado em relação a manutenção da política de combustíveis atual da Petrobras.

O mercado não aprovou a interferência na Petrobras. Após o anúncio do corte no valor do litro do combustível com a retomada da cobrança de impostos, o papel da estatal caiu cerca de 3% em questão de poucos minutos. Agora, é cotado a R$ 25,64, queda de 1,9% no dia.