O custo da cesta básica subiu em 10 das 17 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) em junho. As elevações mais expressivas foram registradas no Rio de Janeiro, com um aumento de 2,22%, e em Florianópolis, onde o valor subiu 1,88%. Por outro lado, a maior redução foi observada em Natal, com uma queda de 6,38%.

Mais uma vez, São Paulo se destacou como a capital onde o conjunto de alimentos básicos apresentou o maior custo, chegando a R$ 832,69, seguido por Florianópolis, com R$ 816,06.

Nas cidades do Norte e Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, os menores valores médios foram registrados em Aracaju (R$ 561,96) e Recife (R$ 582,90).

Capital Custo da Cesta (R$)
São Paulo 832,69
Florianópolis 816,06
Rio de Janeiro 814,38
Porto Alegre 804,86
Curitiba 754,91
Campo Grande 748,89
Vitória 718,43
Goiânia 711,43
Belo Horizonte 701,55
Brasília 738,93
Belém 695,58
Fortaleza 697,33
João Pessoa 597,32
Recife 582,90
Aracaju 561,96

Segundo o levantamento, a alta no custo da cesta básica foi impulsionada pela elevação nos preços de diversos produtos.

  • O leite integral ficou mais caro em 16 das 17 capitais pesquisadas
  • O café em pó subiu em 15 capitais
  • O arroz teve aumento também em 12 capitais.

Em contrapartida, os únicos itens que registraram queda foram o feijão e a carne bovina.

Na comparação anual entre junho de 2023 e junho de 2024, o custo da cesta básica aumentou em 13 capitais. Os destaques foram as variações no Rio de Janeiro (9,90%), Curitiba (7,66%), Brasília (7,51%) e Belo Horizonte (6,94%). A retração mais significativa foi observada em Recife, com uma queda de 6,16%.

Cesta Básica x Salário Mínimo

Quando comparado o custo da cesta básica ao salário mínimo líquido, após o desconto de 7,5% da Previdência Social, o trabalhador compromete hoje, em média, 54% do seu rendimento para adquirir os produtos alimentícios básicos. Este percentual representa uma pequena redução em relação a junho de 2023, quando era de 55,63%.

Com base na cesta básica mais cara, o Dieese estima que o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas em junho deveria ter sido de R$ 6.995,44, ou 4,95 vezes o salário mínimo vigente, que é de R$ 1.412.

No mesmo período do ano passado, o valor necessário foi estimado em R$ 6.578,41, o que correspondia a 4,98 vezes o salário mínimo de R$ 1.320 vigente na época.