O IBGE divulgou os dados do IPCA-15, prévia da inflação do mês que teve aumento de 0,35% em setembro, um aumento de 0,07 ponto percentual em relação a agosto (0,28%). A maior contribuição para esse resultado veio do grupo de Transportes, com destaque para o aumento de 5,18% no preço da gasolina.
Já o IPCA-E, que é uma medida trimestral acumulada do IPCA-15 (julho, agosto e setembro), ficou em 0,56%, superando a deflação de -0,97% registrada no mesmo período do ano passado.
O IPCA-15 é calculado da mesma forma que o IPCA, mas com diferenças no período de coleta de preços e na abrangência geográfica. Os preços agora foram coletados de agosto a setembro e comparados com os vigentes de julho a agosto. O IPCA-15 refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários-mínimos e abrange preços de regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba, Brasília, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Goiânia.
No acumulado do ano, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15, divulgado pelo IBGE, soma aumento de 3,74%, e nos últimos 12 meses, a alta é de 5,00%, acima dos 4,24% registrados no ano anterior. Em setembro de 2022, a taxa foi de -0,37%.
Foram 6 dos 9 grupos de produtos e serviços pesquisados que tiveram alta em setembro. O grupo de Transportes teve a maior variação (2,02%) e o maior impacto (0,41 ponto percentual). O grupo de Habitação desacelerou em relação ao mês anterior, mas ainda registrou um aumento de 0,30%. Já o grupo de Alimentação e bebidas teve queda de 0,77%.
No grupo de Transportes, a gasolina teve um aumento de 5,18%, sendo o principal responsável pelo aumento no índice do mês. Outros combustíveis, como óleo diesel e gás veicular, também tiveram aumento de preços. Já o etanol registrou queda nos preços. As passagens aéreas tiveram um aumento de 13,29% após a queda de 11,36% em agosto.
No grupo de Habitação, destaca-se o aumento na energia elétrica residencial e na taxa de água e esgoto. Já o gás encanado teve redução de preços em algumas regiões. O grupo de Saúde e cuidados pessoais teve um aumento no plano de saúde, devido a reajustes autorizados pela ANS.
No grupo de Alimentação e bebidas, houve deflação nos preços, com destaque para a queda nos preços da batata, cebola, feijão, leite longa vida, carnes e frango em pedaços. Já o arroz e as frutas tiveram aumento de preços.
Em relação aos índices regionais, apenas Salvador registrou variação negativa em setembro. A menor variação de preços ocorreu nessa região, influenciada pela queda nos preços da cebola e das carnes. Já a maior variação foi registrada em Belém, devido ao aumento na energia elétrica residencial e na gasolina.
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