Na era digital, onde as oportunidades de renda extra proliferam, é crucial estar atento aos perigos que rondam as redes sociais. Um novo golpe, conhecido como "golpe da renda extra", tem se espalhado pelo país, deixando vítimas pelo caminho. O modus operandi dos criminosos envolve propostas tentadoras, geralmente feitas por meio de aplicativos de mensagens com números estrangeiros.
A promessa é simples: ganhar uma renda extra considerável ao realizar pequenas tarefas pelo celular, como curtir vídeos e avaliar estabelecimentos na internet. Os golpistas começam enviando valores simbólicos via Pix, criando uma ilusão de legitimidade. No entanto, a trama se desenrola quando solicitam à vítima aguardar até o próximo dia para liberar mais tarefas pelo Telegram.
Novo golpe da Renda Extra
A reviravolta ocorre quando começam a cobrar a realização de tarefas pré-pagas, prometendo uma suposta valorização do investimento por meio de uma plataforma de bitcoins.
Aí começa a armadilha, com os clientes sendo pressionados a realizar depósitos, sob a ameaça de perderem seus "lucros". O golpe atinge seu ápice quando, ao solicitar o resgate dos valores, a vítima é bloqueada da conversa no Telegram e no WhatsApp.
Em casos envolvendo PIX, é crucial agir rapidamente, utilizando ferramentas como o Mecanismo Especial de Devolução (MED) do Banco Central para bloquear os valores antes que sejam sacados pelos fraudadores.
Golpe é considerado estelionato
O "golpe da renda extra" configura-se como estelionato, crime previsto no artigo 171 do Código Penal, com pena de 1 a 5 anos de prisão. Para combater essas práticas, é essencial que as vítimas registrem boletim de ocorrência e não apaguem qualquer evidência que comprove o golpe. O Projeto de Lei 2339/23 está em análise na Câmara dos Deputados e busca aumentar a pena para casos de "estelionato digital", visando a proteção dos usuários de plataformas digitais.
As empresas, como WhatsApp, Telegram e Google, também desempenham um papel importante na prevenção desses golpes, desativando ou suspendendo contas que violam os termos de serviço.
O WhatsApp assegurou que, ao adotar criptografia de ponta a ponta como prática padrão, não possui acesso ao teor das mensagens trocadas entre seus usuários. Contudo, reiterou sua política proibitiva quanto ao uso indevido de seus serviços, proibindo atividades ilícitas ou que incentivem comportamentos inadequados, conforme estabelecido nos Termos de Serviço e na Política de Privacidade do aplicativo.
Em casos de violação desses termos, o WhatsApp garante que toma medidas cabíveis em relação às contas, podendo desativá-las ou suspendê-las. Além disso, a empresa ressaltou sua disposição em cooperar com investigações criminais, podendo fornecer dados às autoridades públicas. A opção de denunciar situações suspeitas está disponível diretamente no aplicativo, acessível através do menu 'denunciar', ou por meio do e-mail [email protected].
Já o Telegram não se posicionou sobre o ocorrido.
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