A ANP - Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis divulgou os dados da semana mostrando o preço médio do litro da gasolina vendido nos postos do país neste 22 de novembro. Mais uma vez o preço subiu, agora já pela sexta semana consecutiva.

Na última medição divulgada dia 19 de novembro, o preço médio do litro avançou de R$ 5,02 para R$ 5,05, nova alta de 0,6%. Segundo a ANP, o maior preço de combustível encontrado nos postos na semana passada foi de R$ 6,99.

O litro do etanol hidratado também subiu, passando de R$ 3,79 para R$ 3,84, uma alta de 1,32% na semana. Após cinco meses de queda, esta é a sétima alta seguida no preço do combustível. O preço mais alto medido pela agência na semana foi de R$ 6,97.

Apesar disso, o diesel teve a segunda semana consecutiva de queda. O preço médio do litro passou de R$ 6,59 para R$ 6,57, caindo cerca de 0,3%. O valor mais alto encontrado do combustível nesta semana foi de R$ 7,89.

Mesmo com os combustíveis vendidos pela Petrobras às distribuidoras não sofrendo aumento desde o mês de junho, as altas nos preços dos mesmos vendidos aos consumidores podem acontecer devido à paridade ao mercado externo, que leva em consideração a alta do dólar e o preço do barril no mercado internacional.

Defasagem no preço dos combustíveis

A política de preços da Petrobras segue o PPI (Paridade de Preço Internacional). Desta forma, é o PPI que determina que a estatal cobre, ao vender combustíveis para as distribuidoras brasileiras, os preços compatíveis aos que estão sendo praticados no exterior.

De acordo com os últimos cálculos da Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis), a defasagem média no preço do diesel ainda está em cerca de 5%.

No entanto, a gasolina já está 1% acima do preço médio praticado no exterior, pelo fato principal da queda internacional dos preços do petróleo nas últimas semanas.

Suspensão da venda de refinarias

A nova equipe de transição do governo quer que a estatal suspenda a venda de refinarias até a posse do novo presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva.

Neste caso, as vendas de outros ativos, como operadora de gasoduto e imóveis, também deverão ser reavaliadas.

O pedido de suspensão foi feito na terça-feira (22) durante a reunião da equipe de transição com o ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, e teve documento encaminhado à Petrobras. Jean Paul Prates (PT-RN) é um dos nomes cotados para assumir a presidência da Petrobras no próximo governo em 2023.