A ANP divulgou neste sábado de 28 de janeiro a tabela atualizada do preço dos combustíveis no país. A medição ainda não trouxe a alta anunciada pela Petrobras no meio de semana, o que deve ser sentido no bolso dos brasileiros a partir da semana que vem.

Agora, segundo a ANP, o preço médio do litro da Gasolina Comum no país é de R$ 4,97 (medição feita na semana de 22 a 28 de janeiro), R$ 0,01 a menos que os R$ 4,98 da semana anterior. O menor preço foi encontrado no Amapá, onde a gasolina custa R$ 4,55 e o maior no Ceará, com preço médio de R$ 5,56.

Já a gasolina aditivada tem preço médio de R$ 5,15 e o etanol de R$ 3,78 no país. O gás de cozinha (GLP) de 13Kg está em R$ 108,02 e o GNV tem preço médio de R$ 4,72.

Já o óleo Diesel teve redução e valor médio é agora de R$ 6,28 por litro, ante R$ 6,32 da semana anterior. O Diesel S-10 custa R$ 6,38 o litro em média. A tabela completa pode ser consultada no site da ANP.

O preço da gasolina é determinado pela oferta e demanda do mercado, bem como pelos custos de produção e distribuição da gasolina. Fatores como impostos, subsídios governamentais e flutuações nos preços do petróleo também afetam o preço da gasolina aqui no Brasil.

Petrobras subiu a gasolina no meio da semana

A Petrobras anunciou na última quarta-feira de 25 de janeiro um reajuste no valor da venda da gasolina tipo A para as distribuidoras. O valor vai subir R$ 0,23, passando dos atuais R$ 3,08 para R$ 3,31 o litro. Ou seja, a próxima médição da Petrobras deve ter aumento de, pelo menos, R$ 0,30 para o consumidor final.

Em nota, a Petrobras disse que:

Esse aumento acompanha a evolução dos preços de referência e é coerente com a prática de preços da Petrobras, que busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações e da taxa de câmbio.

Preço-médio teve queda na semana passada, diz ANP

O preço médio do litro da gasolina vendido nos postos brasileiro teve queda neste início de 2023, de acordo com os dados divulgados pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) na última segunda-feira (23).

Na semana entre os dias 15 e 21 de janeiro, o preço médio do combustível foi de R$ 4,98, R$ 0,05 a menos que os R$ 5,03 de 8 de janeiro.

Desoneração de combustíveis

A equipe econômica de Lula publicou em 2 de janeiro a MP (Medida Provisória) que prorrogou a desoneração dos impostos federais que incidem sobre os combustíveis.

No governo de Jair Bolsonaro (PL), os impostos federais sobre combustíveis haviam sido zerados. Porém, a data de expiração seria dia 31 de dezembro de 2022. Para que a medida continuasse vigorando em 2023, foi necessária a edição da nova MP.

O texto da MP diz que:

  • as alíquotas dos impostos federais PIS/Pasep e Cofins que incidem sobre o diesel, biodiesel, gás natural e gás de cozinha ficam reduzidas a zero, até 31 de dezembro de 2023;
  • as alíquotas dos impostos federais PIS/Pasep e Cofins que incidem sobre gasolina, álcool, querosene de aviação e gás natural veicular ficam reduzidas a zero, até 28 de fevereiro de 2023;
  • No caso da gasolina, a Cide, outro tributo federal, também foi zerada até 28 de fevereiro.

O novo ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), falou no dia 12 de janeiro sobre os planos para cobrança de impostos federais sobre gasolina, álcool, querosene de aviação e gás natural veicular: "A desoneração da gasolina vai até o final de fevereiro e do óleo diesel e gás até o fim do ano. Está na forma da lei atual, isso não impede o presidente da república de reavaliar esses prazos", declarou.