Na primeira semana de 2023, o preço médio do litro da gasolina vendido nos postos do país subiu, fazendo com que os valores voltassem a passar de R$ 5. De acordo com os dados divulgados pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) na última sexta-feira (6), o preço médio do litro da gasolina subiu de R$ 4,96 para R$ 5,12 na semana de 1 a 7 de janeiro, alta de 3,23%. Já o preço do litro mais caro encontrado pela ANP foi de R$ 7,79.

Na última semana, o litro do etanol hidratado subiu de R$ 3,87 para R$ 4,01, uma alta de 3,62%. O valor mais alto encontrado pela ANP nesta semana foi de R$ 6,37.

Já o preço médio do diesel teve um aumento de 2,56%, passando de R$ 6,25 para R$ 6,41 o litro. O valor mais alto encontrado nesta semana foi de R$ 7,95.

Ministério Público pede explicações

Pelo fato dos preços dos combustíveis terem uma grande alta nesta semana, o Ministério da Justiça solicitou explicações aos postos. A notificação foi feita através da Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor), que deverá analisar as respostas e, segundo o ministério, "adotará as providências que se fizerem necessárias".

De acordo com o ministro da Justiça, Flávio Dino, livre mercado não significa "liberou geral" para definir os preços dos combustíveis.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou no dia de sua posse uma MP (Medida Provisória) que prorrogou, por 60 dias, a isenção de tributos federais sobre a gasolina e o etanol, e até o final do ano para o diesel.

Para Fernando Haddad, ministro da Fazenda, a medida serve para que a nova diretoria da Petrobras tenha tempo para tomar posse e definir, com calma, uma nova política de preços para os combustíveis, suavizando a alta de preços esperada com a retomada da tributação.

Petrobras reduz em 11% o preço do gás natural para distribuidoras

Na terça-feira (10), a Petrobras também anunciou a redução no preço do gás natural nas distribuidoras. A mudança deverá ocorrer a partir de 1° de fevereiro e será de, em média, 11,1% no valor do R$/m³, válida para o gás transportado e distribuído por dutos.

O gás natural é matéria-prima do GNV (Gás Natural Veicular), do gás de cozinha encanado e fonte de energia para muitos setores da indústria. No entanto, a redução não se refere ao preço do botijão de gás, que tem como valor de referência o GLP (Gás Liquefeito de Petróleo).

Segundo a petroleira, os contratos com as distribuidoras são atualizados a cada três meses, levando em consideração a variação dos preços do petróleo e do dólar.

Com isso, entre os meses de novembro e janeiro, o petróleo recuou 11,9%, enquanto o dólar teve uma pequena desvalorização de 0,2%, fazendo com que houvesse uma queda no valor do gás natural.

Em nota, a estatal explicou que "A Petrobras ressalta que o preço final do gás natural ao consumidor não é determinado apenas pelo preço de venda da companhia, mas também pelo portfólio de suprimento de cada distribuidora, assim como por suas margens (e, no caso do GNV, dos postos de revenda) e pelos tributos federais e estaduais".