Se você tem uma moeda aí no seu bolso ou na sua carteira, pare tudo o que estiver fazendo agora e dê uma olhadinha nela. Sabia que existem algumas moedas, especialmente as de R$ 1, que valem muito mais do que o valor nominal delas? Algumas podem chegar a ser negociadas por R$ 10 mil.
Quem aponta isso são os numismáticos. Ciência Numismática é o termo utilizado para designar o campo de estudos das moedas, cédulas e medalhas, sob o ponto de vista histórico, artístico e econômico. O termo numismático vem do grego clássico νόμισμα, que significa nomisma, e através do latim numisma, que significa moeda.
E é com base nesses estudos que de tempos em tempos algumas moedas são colocadas nas listas das mais valiosas. Seja porque elas possuem algum defeito ou erro de cunhagem, seja porque elas pertencem a edições especiais ou mesmo porque no ano em que foram colocadas para circular, a produção de moedas foi diferente.
O fato é que essas moedas têm algo de especial, e por isso, são valiosas para quem as coleciona. E abaixo, nós vamos te mostrar quais são elas.
Moedas mais valiosas no Brasil
Há uma ampla variedade de moedas que são muito procuradas por aqueles que se dedicam à numismática. Mas algumas delas são mais especiais. Abaixo você pode conferir algumas delas e as razões para que sejam consideradas preciosidades.
1. Moeda da Declaração Universal dos Direitos Humanos
Lançada em 1998, essa moeda de R$ 1 pode valer até R$ 1.100. De todas as moedas de R$ 1 já lançadas pelo Banco Central, essa é a que teve menor tiragem - apenas 600 mil unidades - sendo, portanto, muito rara.
2. Bandeira dos Jogos Olímpicos
Entre as moedas de R$ 1 valiosas, a moeda da "entrega da bandeira olímpica" que celebra a passagem dos jogos olímpicos de Londres em 2012 para o Rio de Janeiro em 2016 é uma das mais cobiçadas, uma vez que sua tiragem foi de apenas 2 milhões de unidades. Ela foi lançada em 2012 e pode ser encontrada à venda por mais de R$ 350.
Além dessa moeda da bandeira, entre 2012 e 2016 também foi emitido um conjunto de moedas relacionadas aos esportes olímpicos. Foram, ao total, 16 modelos nessa edição especial e apesar de elas terem sido emitidas em maiores quantidades - tiragem foi de 19.980.000 unidades -, o conjunto pode valer até R$ 7 mil.
Os modelos foram os seguintes:
- Atletismo, circulação começou em 2014;
- Natação, circulação começou em 2014;
- Paratriatlo, circulação começou em 2014;
- Golfe, circulação começou em 2014;
- Basquetebol, circulação começou em 2015;
- Vela, circulação começou em 2015;
- Paracanoagem, circulação começou em 2015;
- Rúgbi, circulação começou em 2015;
- Futebol, circulação começou em 2015;
- Voleibol, circulação começou em 2015;
- Atletismo paralímpico, circulação começou em 2015;
- Judô, circulação começou em 2015;
- Boxe, circulação começou em 2016;
- Natação paraolímpica, circulação começou em 2016;
- Mascote Vinícius, circulação começou em 2016;
- Mascote Tom, circulação começou em 2016.
3. Moeda de 1 real de 1999
Embora não se trate de uma moeda comemorativa, a moeda de R$ 1 de 1999 teve uma tiragem de apenas 3,84 milhões de unidades, o que a fez se tornar valiosa e bastante procurada. No mercado relacionado, essa moeda chega a valer mais de R$ 300, o que pode variar para mais ou para menos dependendo do seu estado de conservação.
4. Comemoração ao 40º Aniversário do Banco Central
Essa foi lançada em 2005 e teve uma tiragem de 40 milhões de unidades e por ser especial, em comemoração aos 40 anos do BC, se tronou interessante e bastante procurada. Na internet é possível encontrar unidades a R$ 30.
E vale destacar que as moedas comemorativas dos 50 anos do banco também foram lançadas depois delas e a tendência é que com o passar do tempo as anteriores se tornem ainda mais valiosas.
5. Centenário de Juscelino Kubitschek
Em homenagem aos 100 anos do ex-presidente Juscelino Kubitschek - que ficou conhecido pela construção de Brasília - em 2002 foi criada uma moeda comemorativa de R$ 1. Na ocasião, o Banco Central lançou lançou 50 milhões de unidades. Em seu estado flor de cunho, a moeda é vendida por mais de R$ 20.
6. Moeda de 1 Real de 2014
O ano de 2014 teve uma produção bem menor de moedas de R$ 1 - apenas 11,9 milhões de unidades. Por isso, qualquer moeda comum que tenha cunhada em si esse ano passou a ser valiosa. Em seu estado flor de cunho essa moeda de R$ 1 é vendida por R$ 30.
7. Moeda de 1 Real do Cinquentenário do Banco Central
10 anos após o lançamento da moeda comemorativa dos 40 anos do BC, foi a vez do lançamento da moeda dos 50 anos, em 2015. A tiragem foi de 50 mil unidades e atualmente elas estão valendo cerca de R$ 10 cada.
8. 25 anos do Plano Real
A moeda de R$ 1 comemorativa ao 25º aniversário do Plano Real apresentava a figura do beija-flor em uma de suas faces. Ela foi lançada em 2019 e teve uma tiragem de 25 milhões de unidades. Atualmente é possível adquirir um exemplar por R$ 7, no estado flor de cunho.
Erros valiosos
Também é preciso destacar que muitas vezes cédulas e moedas com algum erro de cunhagem se tornaram relíquias. Veja algumas delas abaixo.
- Moeda de R$ 1 com a letra P marcada nela: a letrinha aparece logo abaixo da palavra "Real" e é bem discreta, porém, esse detalhe indica que a moeda foi um teste e que ela foi usada como base para definir se a cunhagem das próximas moedas estaria em ordem. É uma das mais raras e pode valer até R$ 10 mil;
- Moeda de R$ 1 com núcleo deslocado do Centenário de Juscelino Kubitschek: a moeda de R$ 1 em comemoração ao Centenário de Juscelino Kubitschek que apresenta a parte prateada deslocada do centro pode custar até R$ 1 mil;
- Disco único: há dois metais utilizados na fabricação das moedas de R$ 1: um prateado e outro dourado. As moedas que apresentam apenas um metal são extremamente valiosas, podendo ser vendida por mais de R$ 1.500;
- Batida dupla: uma moeda com batida dupla é raríssima e vale cerca de R$ 2 mil. No momento da fabricação, a moeda pode receber uma batida dupla, o que faz com que as informações apareçam duplicadas em sua face;
- Cunho descentralizado: nesse caso, trata-se de moedas que não tiveram o cunho centralizado na hora da cunhagem. Dessa forma, para os colecionadores, quanto mais descentralizado o cunho estiver, mais valiosa a moeda é. Aquelas que apresentam um grande nível de descentralização podem ser vendidas por até R$ 1.500; e
- Bifacial: são as moedas de R$ 1 cuja informações são repetidas nos dois lados e valem até R$ 3.500. É, portanto, uma das moedas de R$ 1 valiosas mais cobiçadas.
Estado de conservação é importante
Justamente por terem um valor artístico e histórico, o estado de conservação das moedas tem um peso importante no valor que será atribuído a elas.
Segundo o Banco Central, há pelo menos três estados de conservação que fundamentam o processo de precificação:
- MBC (muito bem conservada) - apresenta pelo menos 70% dos detalhes da fabricação original, não podendo apresentar mais de 20% de desgaste;
- Soberba - teve pouca circulação e apresenta pelo menos 90% dos detalhes da fabricação original;
- Flor de Cunho - apresenta todos os detalhes da fabricação original e não esteve em circulação (são moedas que saíram do banco, manuseadas com luvas).
Portanto, fique atento. Se você receber uma moeda, dê uma conferida e se notar qualquer coisa de difernete, guarde-a e verifique se ela não pode ser bem valiosa. Especialmente se estiver bem conservada.
Por que algumas moedas são mais valiosas do que outras?
As moedas são avaliadas pela Ciência Numismática de acordo com seu valor econômico, histórico e artístico. Por isso algumas moedas, com características raras ou mesmo únicas acabam sendo mais valiosas do que o valor cunhado nelas.
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