Na última terça-feira (28), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou o retorno dos impostos federais do PIS/Cofins sobre a gasolina e o etanol. Eles valem a partir de hoje, 1º de março.

Com isso, o preço do combustível iria aumentar cerca de R$ 0,69 na gasolina e R$ 0,25 no etanol. No entanto, o governo informou que a cobrança dos impostos será progressiva e num primeiro momento terá acréscimo de R$ 0,47 na gasolina e de R$ 0,02 no etanol pelos próximos 4 meses. A partir de julho, o valor integral será retomado.

Para amenizar essa alta no preço e, consequentemente, uma alta na inflação em março, governo e Petrobras conversaram nos bastidores e o novo presidente Jean Paul Prates anunciou uma redução de R$ 0,13 no preço do litro da gasolina a partir de 1º de março valor já repassado às distribuidoras.

Nas redes sociais, o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, justificou a reoneração dos combustíveis para "recompor o orçamento federal" e estimou uma alta de R$ 0,34 no litro da gasolina. Veja:

Já a Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis) estima que o litro deve subir, em média, cerca de R$ 0,25 por litro em março nas bombas de todo o país. O presidente da Abicom, Sérgio Araújo, ressaltou que, uma vez que a gasolina A representa 73% da mistura, a adição para as bombas será menor, sendo de R$ 0,25 por litro de insumo.

Preço médio da gasolina

Segundo dados da ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) divulgados na terça, 28, o preço médio da gasolina vendida nos postos do país foi de R$ 5,08 por litro na semana entre 19 e 25 de fevereiro.

Com isso, o aumento para o consumidor deve ser de 4,9% agora em março, chegando a R$ 5,33 por litro. Pelo fato dos postos terem a liberdade de cobrarem seus valores, é possível apenas estimar, mas não saber exatamente qual será o impacto da reoneração.

Ministro esperava mais redução

Para os jornalistas, o ministro Fernando Haddad disse que esperava que a redução dos preços praticados pela Petrobras nas refinarias fosse mais forte. Com isso, o efeito do retorno dos impostos federais sobre o produto amenizaria ainda mais para o consumidor.

Já faz algumas semanas que a Petrobras está vendendo o combustível mais caro que o PPI (Preço de Paridade de Importação), parâmetro utilizado em seus preços desde 2016.

A petroleira tem seu próprio cálculo de PPI, pelo fato de seu volume de vendas e estoque. Desde 2020 a estatal não repassa imediatamente a volatilidade do mercado internacional, apenas considerando uma média de preços do passado e projeções futuras.

Juntamente com a gasolina, também houve uma redução de 1,9% no preço do diesel, combustível que permanece com impostos zerados até fim de 2023.