Nesta quinta-feira, 20 de abril, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que a Shein, uma das principais plataforma de varejo na internet aqui no país, tem planos de nacionalizar 85% de suas vendas em até quatro anos. O ministro afirmou que os produtos serão fabricados no Brasil e que a empresa fornecerá informações sobre os investimentos em breve.
Além disso, a plataforma firmou compromisso em seguir o plano de conformidade da Receita Federal e a "normalizar as relações com o Ministério da Fazenda", afirmou o ministro. Ele acrescentou que, se as regras forem aplicadas a todos, a empresa assumirá os custos da conformidade e não os repassará aos consumidores.
Equilíbrio na produção de mercadorias
De acordo com Haddad, essa iniciativa trará investimentos para o país e equilibrará as condições de produção e comércio para os varejistas nacionais e internacionais. O ministro ressaltou que o objetivo é atrair investimentos estrangeiros, valorizar o comércio eletrônico e garantir condições competitivas para não prejudicar os empregos no Brasil e as lojas do varejo nacional.
Haddad destacou também que o plano de conformidade seguirá o modelo adotado por países desenvolvidos, conhecido como "digital tax" ou imposto digital. Nesse sentido, quando o consumidor fizer uma compra, estará isento de qualquer tributação adicional, já que a empresa já terá recolhido a tributação sem repassar os custos ao consumidor final.
Confira o que Haddad disse em entrevista:
Queremos seguir o exemplo dos países desenvolvidos, adotando o que eles chamam de digital tax. Quando o consumidor comprar on-line ele estará desonerado de qualquer recolhimento, que terá sido feito pela empresa, sem repassar o custo para o consumidor. pic.twitter.com/Ekskmw37HB
— Fernando Haddad (@Haddad_Fernando) April 20, 2023
Mudanças na isenção
Na última terça-feira, 11 de abril, a Receita Federal divulgou que iria acabar com a isenção de impostos para encomendas internacionais em vendas de pessoa física para pessoa física, limitada a US$ 50. A medida foi tomada devido à suspeita de que empresas estariam se passando por pessoas físicas para enviar as encomendas e evitar a cobrança de impostos.
No entanto, no dia 18, o ministro anunciou que o governo voltou atrás e a isenção seria mantida, mas que uma alternativa para resolver a "distorção" seria apresentada em maio. A mudança de decisão foi motivada pela repercussão negativa da ideia de acabar com a isenção.
Segundo Haddad, a intenção do governo é fiscalizar com mais rigor as remessas de empresas de outros países, como as da China, que se passam por pessoas físicas para ficarem isentas.
Como funciona a Shein?
Liderados pelo empresário Chris Xu, que atuava no marketing digital e vendia vestidos de noiva pela internet, a Sheinside iniciou sua sociedade em 2008. A empresa adotou o nome abreviado Shein (pronuncia-se She-in) e assumiu sua forma atual em 2013.
Embora tenha sua sede na China, a Shein direciona seus produtos principalmente para clientes nos Estados Unidos, Europa e Austrália, oferecendo tops, biquínis e vestidos a preços baixos - em média, R$ 58. Hoje, a empresa é um dos principais nomes do fast fashion, enviando seus produtos para cerca de 220 países.
No final de 2021, a Shein foi avaliada em US$ 30 bilhões. Durante a pandemia, teve cerca de US$ 10 bilhões em receita, sendo a maior companhia de moda exclusivamente online do mundo.
Como será a produção de Shein no Brasil?
Fernando Haddad, ministro da Fazenda, anunciou que a Shein, uma plataforma de varejo, tem planos de nacionalizar 85% de suas vendas em até quatro anos. O ministro afirmou que os produtos serão fabricados no Brasil e que a empresa fornecerá informações sobre os investimentos em breve.
O que deve mudar na economia do Brasil com a vinda das produções da Shein?
De acordo com Haddad, essa iniciativa trará investimentos para o país e equilibrará as condições de produção e comércio para os varejistas nacionais e internacionais. O ministro ressaltou que o objetivo é atrair investimentos estrangeiros, valorizar o comércio eletrônico e garantir condições competitivas para não prejudicar os empregos no Brasil.
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