O Pix foi criado em 2020 com o intuito de facilitar os pagamentos, tornando as transações muito mais rápidas e práticas. Para receber um Pix, basta que o usuário tenha uma chave cadastrada e a indique para o pagador.

É aí que mora o perigo, pois, muitas pessoas utilizam o seu CPF como chave Pix, a grande maioria. A seguir, você vai saber quais são os riscos de usar o seu CPF como chave Pix.

O que são as chaves Pix?

Coma popularização deste método de pagamento, é muito difícil encontrar hoje no Brasil, algum cidadão que não utilize o Pix. Contudo, facilidade que o Pix trouxe para todos, também veio com alguns riscos.

Como já mencionado anteriormente, para que um pagamento seja recebido, basta informar a chave Pix e receber o dinheiro instantaneamente do pagado. Mas afinal, o que são as chaves Pix? Bem, a chave Pix é uma espécie de identificação da conta de cada cidadão. Quando se tem uma conta bancária é possível cadastrar sua chave Pix para receber pagamentos instantâneos.

A chave Pix pode ser cadastrada pelo usuário de diversas formas, podendo ser uma chave aleatória, o número do celular, e-mail, CNPJ e até o CPF. Apesar da praticidade, muitas pessoas ainda ficam preocupadas quanto ao Pix justamente por conta da chave ser alguma informação do cidadão.

De acordo com o Banco Central, Pessoa Física pode ter até 5 chaves Pix para cada conta. Além disso, é preciso salientar que não é permitido cadastrar a mesma chave Pix em mais de uma conta. Isso ocorre para que não haja desconto ou pagamento para a uma conta incorreta, pois com a mesma chave em dois bancos haveria uma duplicidade de informações.

Mas afinal, tem perigo usar o CPF como chave Pix

Para quem quer maior segurança nas transações, é possível utilizar uma chave aleatória que é um código único com 32 caracteres criado instantaneamente pelo Banco Central. Utilizando a chave aleatória para receber pagamentos, não é preciso cadastrar nenhum dado pessoal, como CPF, telefone ou e-mail.

Apesar das chaves aleatórias estarem aí para ajudar, muitos cidadãos acabam utilizando o CPF como chave Pix devido a sua facilidade de memorização. Contudo, isso pode ser muito arriscado, pois, o usuário pode cair em golpes. Por isso, é indicado que o usuário utilize qualquer um dos outros dados para cadastrar a chave Pix, menos o CPF.

Existem diversos golpes que podem ser aplicados por criminosos que usam o CPF da vítima e causam prejuízos financeiros, como o golpe do PIX errado. Com o número do CPF da vítima, os golpistas então fazem uma transferência. Depois, ligam para ela informando que fez um Pix errado e, por isso, precisa do estorno do valor. A vítima então devolve o dinheiro para uma chave Pix diferente da que saiu a transferência original. O golpista então aciona o Mecanismo Especial de Devolução e o sistema analisa o caso, entendendo que a sequência de transações descrita é típica de golpe. No entanto, quem parece o golpista para o sistema do Banco Central é, na realidade, a vítima. O BC então retira o dinheiro do saldo da conta da pessoa enganada e o criminoso fica com o dobro do valor inicialmente enviado. Ou seja, ele recebe o dinheiro que a vítima inicialmente "devolveu" para a terceira conta, e o dinheiro que o Mecanismo Especial de Devolução retira do saldo quando identifica o golpe.

Portanto, para não ter esse tipo de prejuízo, é aconselhável que outra chave seja cadastrada e se for necessário manter a chave Pix com o CPF ativa, que passe apenas para familiares, criando chaves aleatórias para receber pagamentos de desconhecidos.

Outra forma de garantir a segurança da transação, é utilizar a leitura de QR Codes que são gerados diretamente no aplicativo das instituições financeiras. Desta forma, basta escolher pagar com QR Code e apontar a câmera do celular para o QR Code gerado e informar o valor da transação.