Sabia que você pode ter aí na sua carteira uma moeda de R$ 0,25 que vale R$ 30 mil? Pois é, esse é o preço que alguns colecionadores estão pagando por uma moeda especial. Por ter algumas características incomuns, ela é bastante valiosa.

Quem define o valor de uma moeda são os numismatas, ou seja, aqueles que estudam a ciência numismática que envolve moedas, cédulas e também medalhas. Eles avaliam esses ítens sob o ponto de vista histórico, artístico e econômico.

Com base nessas características eles determinam que algumas moedas que economicamente têm valor baixo - como é o caso dessa moeda de R$ 0,25 - podem ter um valor histórico e artístico bem maior.

Créditos: M3Mídia

Por que essa moeda vale tanto?

Muitas vezes o que torna uma moeda rara é um erro na hora da cunhagem. Esses pequenos erros acabam transformando essas moedas em itens muito raros e diferentes, por isso, elas acabam valendo mais do que o normal.

No caso dessa moeda de R$ 0,25 foi exatamente isso o que aconteceu. Ela é uma moeda bifacial, ou seja, possui os dois lados iguais, e neles aparece a efígie de Manuel Deodoro da Fonseca.

A moeda não tem ano de fabricação justamente devido ao erro. No catálogo de moedas brasileiras consta que existem apenas duas unidades conhecidas que apresentam esse erro. No entanto, é possível que existam outras moedas iguais por aí que ainda não são conhecidas.

Veja o vídeo do TikTok ‘RNF Coleções’ que mostra essa moeda:

Clique aqui para ver a mídia

Outros erros valiosos

Confira abaixo outras cédulas e moedas com algum erro de cunhagem que se tornaram relíquias:

  • Moeda de R$ 1 com a letra P marcada nela: a letrinha aparece logo abaixo da palavra "Real" e é bem discreta, porém, esse detalhe indica que a moeda foi um teste e que ela foi usada como base para definir se a cunhagem das próximas moedas estaria em ordem. É uma das mais raras e pode valer até R$ 10 mil;
  • Moeda de R$ 1 com núcleo deslocado do Centenário de Juscelino Kubitschek: a moeda de R$ 1 em comemoração ao Centenário de Juscelino Kubitschek que apresenta a parte prateada deslocada do centro pode custar até R$ 1 mil;
  • Disco único: há dois metais utilizados na fabricação das moedas de R$ 1: um prateado e outro dourado. As moedas que apresentam apenas um metal são extremamente valiosas, podendo ser vendida por mais de R$ 1.500;
  • Batida dupla: uma moeda com batida dupla é raríssima e vale cerca de R$ 2 mil. No momento da fabricação, a moeda pode receber uma batida dupla, o que faz com que as informações apareçam duplicadas em sua face;
  • Cunho descentralizado: nesse caso, trata-se de moedas que não tiveram o cunho centralizado na hora da cunhagem. Dessa forma, para os colecionadores, quanto mais descentralizado o cunho estiver, mais valiosa a moeda é. Aquelas que apresentam um grande nível de descentralização podem ser vendidas por até R$ 1.500; e
  • Bifaciais de R$1: são as moedas de R$ 1 cuja informações são repetidas nos dois lados e valem até R$ 3.500. É, portanto, uma das moedas de R$ 1 valiosas mais cobiçadas.

Estado de conservação é importante

Justamente por terem um valor artístico e histórico, o estado de conservação das moedas tem um peso importante no valor que será atribuído a elas.

Segundo o Banco Central, há pelo menos três estados de conservação que fundamentam o processo de precificação:

  • MBC (muito bem conservada) - apresenta pelo menos 70% dos detalhes da fabricação original, não podendo apresentar mais de 20% de desgaste;
  • Soberba - teve pouca circulação e apresenta pelo menos 90% dos detalhes da fabricação original;
  • Flor de Cunho - apresenta todos os detalhes da fabricação original e não esteve em circulação (são moedas que saíram do banco, manuseadas com luvas).

Portanto, fique atento. Se você receber uma moeda, dê uma conferida e se notar qualquer coisa de difernete, guarde-a e verifique se ela não pode ser bem valiosa. Especialmente se estiver bem conservada.