Na mundo numismático, ou seja, dos estudiosos sobre moedas, cédulas e medalhas, cada um desses itens é muito mais do que simples metal cunhado ou papel impresso. Ao contrário, de cada pedacinho de dinheiro emerge um universo repleto de histórias, valores e paixões.
Assim algumas moedas específicas acabam se tornando raras, e por isso, tesouros que muitas vezes resistem ao teste do tempo e capturam a atenção de colecionadores ávidos. Esse é o caso, por exemplo, da moeda de R$ 1,00 desenhada e lançada em homenagem ao cinquentenário do Banco Central.
Apesar de rara, ela ainda é classificada como "em circulação" pelo Banco Central e, por isso, pode estar por aí, até mesmo na sua carteira. Mas o mais interessante de tudo é que ela tem um valor bem interessantes de compra e venda entre os colecionadores.
Ficou curioso e quer saber um pouco mais? Então continue a leitura.
Moeda rara de 50 anos do Banco Central
A moeda dos 50 anos do Banco Central foi lançada no dia 30 de março de 2015, numa tiragem de 49,5 milhões de unidades. Ela tem um núcleo de aço inox e um anel de aço inox revestido de bronze.
Em seu anverso ela mostra o prédio do Banco Central em Brasília em perspectiva, ladeado pela legenda "50 anos" e pela logomarca da autarquia. O reverso, por sua vez, é igual ao de outras moedas de R$ 1,00.
Veja na imagem abaixo:
É uma moeda que parece relativamente simples, porém, por ser uma edição comemorativa, que teve um limite de unidades produzidas e colocadas em circulação, ela foi se tornando cada vez mais rara e a cada ano que passa vai sendo mais valiosa.
Atualmente, essa moeda pode ser encontrada a venda na internet por cerca de R$ 30 com variações para mais ou para menos. Na hora de calcular o preço são vários os fatores considerados, como por exemplo, o estado de conservação dela.
Além disso, há também alguns erros de cunhagem que podem aumentar o valor da moeda. Sim, é isso mesmo. Moedas que foram fabricadas com erros, costumam ser quase únicas e, por isso, mais valiosas. Entenda melhor abaixo.
Erros valiosos
Também é preciso destacar que muitas vezes cédulas e moedas com algum erro de cunhagem se tornaram relíquias. Veja algumas delas abaixo.
- Moeda de R$ 1 com a letra P marcada nela: a letrinha aparece logo abaixo da palavra "Real" e é bem discreta, porém, esse detalhe indica que a moeda foi um teste e que ela foi usada como base para definir se a cunhagem das próximas moedas estaria em ordem. É uma das mais raras e pode valer até R$ 10 mil;
- Disco único: há dois metais utilizados na fabricação das moedas de R$ 1: um prateado e outro dourado. As moedas que apresentam apenas um metal são extremamente valiosas, podendo ser vendida por mais de R$ 1.500;
- Batida dupla: uma moeda com batida dupla é raríssima e vale cerca de R$ 2 mil. No momento da fabricação, a moeda pode receber uma batida dupla, o que faz com que as informações apareçam duplicadas em sua face;
- Cunho descentralizado: nesse caso, trata-se de moedas que não tiveram o cunho centralizado na hora da cunhagem. Dessa forma, para os colecionadores, quanto mais descentralizado o cunho estiver, mais valiosa a moeda é. Aquelas que apresentam um grande nível de descentralização podem ser vendidas por até R$ 1.500; e
- Bifacial: são as moedas de R$ 1 cuja informações são repetidas nos dois lados e valem até R$ 3.500. É, portanto, uma das moedas de R$ 1 valiosas mais cobiçadas.
Estado de conservação é importante
Justamente por terem um valor artístico e histórico, o estado de conservação das moedas tem um peso importante no valor que será atribuído a elas.
Segundo o Banco Central, há pelo menos três estados de conservação que fundamentam o processo de precificação:
- MBC (muito bem conservada) - apresenta pelo menos 70% dos detalhes da fabricação original, não podendo apresentar mais de 20% de desgaste;
- Soberba - teve pouca circulação e apresenta pelo menos 90% dos detalhes da fabricação original;
- Flor de Cunho - apresenta todos os detalhes da fabricação original e não esteve em circulação (são moedas que saíram do banco, manuseadas com luvas).
Outra moeda rara do Banco Central
Além dessa moeda comemorativa dos 50 anos do Banco Central, há outra moeda muito semelhante e que também pode valer um bom dinheiro: a moeda da edição comemorativa de 40 anos do BC.
Ela foi lançada em 2005, ou seja, 10 anos antes, também teve uma tiragem de 40 milhões de unidades e nela, no anverso, imagem central é inspirada na logomarca oficial criada pela equipe da Secretaria de Relações Institucionais do Banco Central do Brasil para as comemorações dos 40 Anos da Instituição.
Assim ela utiliza a referência direta da perspectiva do Edifício-Sede em Brasília e a legenda "BC", além das inscrições "BANCO CENTRAL DO BRASIL" e "1965 40 ANOS 2005".
Veja na imagem:
Em relação ao valor dela, ele é mais ou menos o mesmo da moeda de 50 anos, no entanto, dependendo do estado de conservação, ela pode valer muito mais, porque é mais antiga. Em sites de vendas de itens colecionáveis, ela pode ser encotrada por mais de R$ 400.
Portanto, fique atento. Se você receber uma moeda, dê uma conferida e se notar qualquer coisa de difernete, guarde-a e verifique se ela não pode ser bem valiosa. Especialmente se estiver bem conservada.
Lembre-se que para a ciência numismática, cada moeda, por mais modesta que seja, torna-se um elo tangível com o passado, uma cápsula do tempo que transporta quem a possui para eras longínquas.
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