A maior transação já feita utilizando o sistema do Pix no Brasil foi de R$ 1,2 bilhão. Ela aconteceu em dezembro de 2022. A informação é do Relatório de Gestão do Pix, divulgado pelo Banco Central nessa segunda-feira, 4 de setembro.
Os dados publicados correspondem ao período de 2020 a 2022, ou seja, os dois primeiros anos de funcionamento da ferramenta de transferências instantâneas do Banco Central. Eles mostram, porém, que essa transferência bilionária está longe de ser a regra.
Isso porque em geral o Pix tem sido usado para transferências de valores mais baixos. A média em dezembro de 2022, segundo o documento, era de R$ 257 por transação entre pessoas físicas.
Pix 2020 - 2022: veja os números
O relatório mostra que 93% das transações feitas por pessoas físicas são de valores até R$ 200. Além disso, 61% delas é inferior a R$ 100.
Quando considera-se transações entre pessoas jurídicas, a média de valor fica em cerca de R$ 500. O relatório mostra também que 18,6% das trasnferências têm valor a partir de R$ 2 mil nesse cenário.
Assim, a maior parte das transações é feita entre pessoas físicas (P2P). Por outro lado, as
pessoas jurídicas transacionam maiores volumes financeiros.
O documento também comprova aquilo que já sabemos na prática: o Pix teve rápida aceitação por parte da população, mas seu uso segue crescendo. Por exemplo, o número de transações entre dezembro de 2021 e dezembro de 2022 subiu 107%, passando de 1,4 bilhão para 2,9 bilhões.
O valor transacionado também aumentou de R$ 718 bilhões em dezembro de 2021 para R$ 1,2 trilhão em dezembro de 2022, o que representa uma alta de 67%.
Dessa forma, entre 2020 e 2022, o Pix teve um total de 551 milhões de chaves registradas por um total de 133 milhões de pessoas e 11,9 milhões de empresas.
Outro dado interessante, ainda, é a forma de utilização do Pix. Considerando apenas dezembro de 2022, cerca de 65% de todas as transações Pix realizadas foram feitas por meio de chaves. Nesse mesmo período, observou-se que cerca de 15% das transações foram iniciadas por inserção manual.
De acordo com o BC, isso é explicado, principalmente, pela forma como alguns participantes implementaram a funcionalidade de salvar os dados dos recebedores para futuras transações (por exemplo, contatos favoritos).
Disponibilidade 24 horas é diferencial
O relatório do BC mostra também um dado interessante a respeito do horário de uso do Pix. Segundo o documento, as transações Pix são concentradas no período diurno. Para se ter uma ideia, considerando o total de transações entre pessoas físicas desde o lançamento do Pix até o final de 2022, apenas 18,6% delas foram realizadas no período noturno.
No entanto, apesar da concentração no horário diurno, percebeu-se que há um elevado uso do Pix entre 19h e 23h, horários em que não é possível realizar TEDs. Sendo assim, os dados indicam que a disponibilidade 24 horas por dia agrega valor e vem ao encontro das necessidades da população.
Economia para o bolso do brasileiro
O relatório do Banco Central traz também um estudo publicado em 2022 pela ACI Worldwide - consultoria internacional que atua no setor de pagamentos-, sobre o efeito financeiro de soluções de pagamentos instantâneos.
E a análise estima que "o Pix gerou, em 2021, uma economia de custos estimada em US$ 5,7 bilhões para empresas e consumidores, o que ajudou a gerar uma produção econômica adicional de US$ 5,5 bilhões, representando 0,34% do PIB brasileiro. As estimativas são que esses números alcancem US$ 37,9 bilhões e US$ 37,6 bilhões (2,08% do PIB) até 2026."
Você sabia?
Algumas curiosidades divulgadas pelo relatório:
Além disso:
E a última:
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