O Banco Central (BC) anunciou uma nova funcionalidade para o PIX: a partir da próxima semana, o sistema de pagamentos permitirá transações por aproximação. Roberto Campos Neto, presidente do BC, revelou a novidade na última terça-feira (29), explicando que os clientes poderão fazer pagamentos apenas aproximando o celular de uma máquina de cartão, semelhante ao funcionamento do Google Wallet com cartões de crédito.

Campos Neto acrescentou que o lançamento oficial será realizado em parceria com o Google. "Agora, nesta semana, vamos ter um evento com o Google para lançar o pagamento por aproximação do PIX. Da mesma forma que você tem hoje no Google Wallet, onde encosta o cartão de crédito e paga, você vai poder fazer isso com o PIX a partir da próxima semana", disse.

Pix Agendado Recorrente

Além dessa novidade, foi liberado também o PIX Agendado Recorrente, uma nova modalidade que permite aos usuários agendar pagamentos de mesmo valor, com frequência mensal, para serem debitados sempre na mesma data.

Este formato é ideal para quem precisa pagar aluguel ou contratar serviços de profissionais autônomos de forma automática, facilitando o pagamento para prestadores como terapeutas, diaristas, personal trainers e professores particulares.

O próprio usuário pagador realiza o agendamento, inserindo todas as informações necessárias ao configurar o pagamento. É essencial revisar atentamente:

  • A chave PIX do destinatário
  • Os dados do recebedor (pessoa física ou CNPJ)
  • O valor exato da transferência recorrente
  • A data programada para cada pagamento

Ao confirmar esses detalhes, o usuário minimiza riscos de erro e assegura que os pagamentos sejam feitos de forma segura.

Novas regras de segurança para o PIX

O Banco Central também anunciou que novas normas de segurança para o PIX entrarão em vigor no dia 1º de novembro. Segundo a Resolução BCB nº 403, a partir desta data, haverá um limite nas transações realizadas em dispositivos que não estejam previamente cadastrados pelo usuário, estabelecendo o valor máximo de R$ 200 para essas operações.

Para novos dispositivos, haverá ainda um limite diário de R$ 1.000 até que o registro do aparelho seja concluído junto ao banco. Essas novas medidas visam dificultar o uso de dispositivos desconhecidos por fraudadores para acessar as chaves PIX e realizar transferências indevidas.

O Banco Central afirma que para dispositivos já registrados, as atuais normas de segurança permanecem inalteradas. A medida reforça o compromisso do BC em garantir a proteção dos dados e recursos dos usuários no sistema de pagamentos mais popular do país.