Tesouro Educa+: tudo que você precisa saber sobre o investimento

Você já ouviu falar da novidade que está sendo lançada pelo Tesouro Direto, plataforma de compra e venda de títulos públicos federais? Trata-se de uma nova modalidade de investimento que tem como foco o financiamento da educação.

Seu nome é Tesouro Educa+ e seu objetivo é auxiliar no planejamento da educação, seja dos filhos ou de pessoas queridas, por meio do investimento nos títulos, que permitem uma renda mensal que lá na frente pode ser a melhor saída para pagar uma faculdade ou outros interesses educacionais que a pessoa pode ter.

É uma alternativa interessante, por exemplo, para as poupanças que muitas vezes são abertas por pessoas para seus filhos, especialmente porque o Tesouro Educa+ promete uma rentabilidade muito melhor que a da poupança.

Abaixo, saiba tudo o que você precisa saber sobre o investimento.

O que é o Tesouro Educa+?

De acordo com o Tesouro Nacional, esse lançamento é uma parceria com a B3 e foi desenvolvido a partir da pesquisa do economista Prof. Dr. Robert C. Merton - vencedor do prêmio Nobel de Economia de 1997 - e do Prof. Arun Muralidhar.

Além disso, o Tesouro Educa+ baseia-se nos mesmos conceitos do Tesouro RendA+, lançado em janeiro deste ano, mas que é mais voltado para a aposentadoria do investidor. O que o Tesouro Educa+ faz é criar um fluxo financeiro mais aderente aos objetivos educacionais.

Com ele você investe na acumulação de títulos durante um período e quando o seu filho ou o beneficiado do investimento alcança a idade para iniciar a universidade ele passa a receber os frutos desse investimento, mensalmente, por 5 (cinco) anos, que é o prazo médio dos cursos de graduação.

O Tesouro Educa+ é seguro?

Os investimentos nos títulos do Tesouro Direto - qualquer um deles - são considerados os mais seguros atualmente. Isso porque são várias formas de fazer a aplicação, dependendo do perfil de cada investidor e dos objetivos de cada um deles e tudo isso pode ser escolhido antes do início da aplicação.

Além disso, diferentemente do investimento em ações ou em outros tipos de renda variável, que podem sofrer grandes perdas de valores ou cujas empresas donas das ações podem vir a falir, as chances de não receber o retorno esperado com o Tesouro Direto são praticamente nulas, porque você estárá emprestando dinheiro ao Governo Federal, por meio de um sistema desenvolvido para ser altamente seguro.

Portanto, no Tesouro Educa+ você aplica seus recursos no investimento mais seguro do mercado, podendo fazê-lo desde o momento do nascimento do seu filho ou mais tarde - conforme suas condições e sua preferência - e tudo isso de forma bastante simples, que vamos mostrar abaixo.

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Como investir no Tesouro Educa+?

No Tesouro Educa+ você pode começar a investir a partir de aproximadamente R$ 30 por mês. São 16 opções de títulos diferentes do Tesouro Educa+ disponíveis ao investidor, cuja diferença entre eles é a data em que iniciam o pagamento das rendas mensais.

Veja abaixo quais são as opções:

Para te ajudar a escolher qual a melhor opção, o Tesouro Direto oferece um simulador, disponível no site. Nele, você responde três perguntas e conhece o título mais apropriado para investir e realizar os aportes mensais.

O processo é o seguinte:

• Primeiro você preenche a idade do seu filho;
• Depois a idade aproximada que ele irá iniciar a universidade; e
• Por último, qual o valor da renda que se quer receber mensalmente do Tesouro para poder pagar a mensalidade do curso universitário. S

Se você já tiver recursos disponíveis e quiser começar a investir com um aporte inicial maior, também é possível. Isso facilita o alcance da sua meta de renda mensal para educação!

Para isso basta informar o valor desse aporte inicial no campo específico e verificar a redução dos valores e quantidades mensais que deverão ser investidos para se alcançar a meta de renda futura informada.

Contudo, esse aporte inicial não é obrigatório! Além disso, você poderá complementar o investimento a qualquer tempo, recebendo uma renda extra e alcançando o seu objetivo mais rapidamente.

Para fazer a aplicação existem duas principais formas:

• Se você já é um investidor, acesse sua conta no Portal do Investidor (no site do Tesouro Direto), faça uma simulação e invista;
• Outra opção é pelo Home Broker da sua Corretora. O Tesouro Educa+ estará na lista de investimentos disponíveis da sua instituição financeira, se ela já estiver habilitada. Clique aqui e confira os bancos e as corretoras credenciados.

Se você ainda não é um investidor e está começando, você pode iniciar com o Cadastro Simplificado do Tesouro Direto. Preenchendo o cadastro você começa a investir em menos de 5 minutos.

Como funciona esse novo título?

A regra de rentabilidade do Tesouro Educa+ (inflação + taxa real) é a mesma do Tesouro IPCA+ e do Tesouro RendA+, dois dos títulos mais vendidos do Tesouro Direto. A principal diferença está no fluxo de renda do Tesouro Educa+.

Entenda:

No Tesouro IPCA+, você investe hoje e recebe de volta o valor aplicado e os rendimentos em uma única parcela, na data do vencimento. Na outra opção de Tesouro IPCA+ que é aquela com juros semestrais, em vez de receber tudo na data final, o investidor recebe uma parcela de juros a cada seis meses em sua conta.

Já no Tesouro Educa+ há um fluxo específico que facilita o planejamento dos investimentos que irão financiar os estudos do beneficiado no futuro:

• Primeiro, há um período de acumulação, momento em que é realizado o investimento, preferencialmente de forma mensal. Neste momento, não há pagamentos de parcelas para o investidor e a taxa de juros vai gerando rendimentos que irão se acumular.
• E os pagamentos mensais da renda que ajudará o investidor a pagar a mensalidade do curso iniciam-se depois de uma certa data, a ser escolhida pelo investidor dentre as 16 opções ofertadas pelo Tesouro, e que preferencialmente deve coincidir com a data de início da universidade do beneficiado.

Diferentemente do Tesouro IPCA+, que se recebe todo o valor acumulado em uma única parcela, no Educa+ você garante uma renda mensal por 5 anos. E importante: as parcelas ainda não recebidas continuam rendendo juros e atualização pela inflação até o último pagamento.

Já em relação ao Tesouro RendA+, a principal diferenteça é o período de amortização do investimento e as datas de vencimentos dos títulos.

O Tesouro Educa+ tem um período de 5 anos de pagamentos mensais após o período de acumulação, enquanto o Tesouro RendA+ tem 20 anos de pagamentos mensais. Além disso, os vencimentos do Educa+ são mais curtos para possibilitar o investimento para menores de 18 anos financiarem seus estudos.

Esse fluxo mensal do Educa+ de 60 parcelas (por 5 anos) assegura que os investidores receberão todos os recursos aplicados até o último pagamento da renda mensal. Além disso, durante o período de acumulação, o investidor poderá fazer várias aplicações, o que permite um planejamento mais eficaz.

A cada investimento, você vai adquirindo títulos (ou frações) do Educa+, que serão pagos todos a partir da data escolhida (data de conversão). Quanto mais títulos você puder comprar, maior vai ser sua renda no futuro para financiar as despesas com a universidade dos seus filhos.

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Exemplo prático

Vamos a um exemplo prático:

Suponha que você queira planejar a educação de dois de seus filhos, com idades diferentes: João vai completar 6 meses e a Gabriela tem 7 anos. Também vamos estipular que a idade média de entrada na universidade é aos 18 anos. Portanto, o João iniciará a universidade por volta de 2041 e a Gabriela, por volta de 2034.

Assim, o título Tesouro Educa+ mais indicado para o João é o Tesouro Educa+ 2041. Utilizando o simulador do Tesouro Direto identificamos que o investimento mensal dessa aplicação deverá ser de aproximadamente R$ 81,00 para o João gera uma renda mensal, a partir de 15 de janeiro de 2041, de R$ 500,00 ao longo de 5 anos (60 meses).

Essa renda pode ajudar o João não só no pagamento das mensalidades da faculdade, mas também nos custos relacionados à moradia, a livros etc, ou seja, tudo que o João possa precisar neste período de estudos.

Para a Gabriela, o título mais indicado para o início da universidade com 18 anos é o Tesouro Educa+ 2034, pois em 2034 ela completará 18 anos. Neste caso, economizando aproximadamente R$ 164,00 por mês a Gabriela terá uma renda mensal a partir de 15 de janeiro de 2034 de R$ 500,00 por 5 anos.

Aqui observamos a importância do planejamento de longo prazo para a redução do valor do aporte mensal e redução do esforço para o alcance das metas estabelecidas.

Principais regras do Tesouro Educa+

Confira abaixo quais são as principais regras do Tesouro Educa+

Taxa de custódia

O investimento no Tesouro Educa+ contará com isenção da taxa de custódia, cobrada pela B3 para aqueles investidores que não realizarem resgates antecipados, ou seja, fora do fluxo de pagamentos automáticos do título adquirido.

Essa isenção vale para todos os valores de renda mensal de até 4 salários-mínimos vigentes no momento do recebimento da renda. Valores que ultrapassem os 4 salários-mínimos pagarão taxa de custódia de 0,10% a.a., mas somente sobre o que exceder esse teto.

Período de carência

Outra regra importante é o período de carência para resgates antecipados. Os investidores do Tesouro Educa+ terão que observar 60 dias de carência para realizar um resgate após a data de cada investimento (compra).

Ou seja, não será possível realizar resgates antecipados nesse período. O período de carência se aplica aos valores específicos de cada operação, isto é, os saldos de compras que já completaram 60 dias não são impactados pela carência de novos investimentos.

Imposto de Renda

Já com relação ao Imposto de Renda (IR), assim como nos outros títulos do Tesouro Direto, o Tesouro Educa+ tem alíquota regressiva de IR. Nesse título o IR é descontado no recebimento da sua renda extra mensal sobre a parcela referente ao rendimento. O recolhimento é feito na fonte por sua instituição financeira.

Rentabilidade garantida

A rentabilidade acima da inflação está garantida ao longo dos 5 anos de pagamentos mensais. No Tesouro Educa+ o investimento está rendendo a inflação, mais uma taxa fixa (taxa real), mesmo quando você já está recebendo a sua renda extra mensal, após a data de conversão.