O presidente Jair Bolsonaro falou pela primeira vez sobre a possibilidade de prorrogar o auxílio emergencial por mais três parcelas. Bolsonaro discutiu o assunto em live realizada na noite de quinta-feira (25), mas não confirmou se a decisão já foi tomada. Ainda nesta semana informamos aqui no Ache Concursos sobre o governo estar analisando a proposta de prorrogação por mais 3 meses.
A ampliação do benefício já havia sido confirmada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, e pelo presidente Jair Bolsonaro, que ainda não bateu o martelo de por quanto tempo o auxílio será prorrogado, tampouco o valor exato a ser pago. O programa social prevê o pagamento de três parcelas de R$ 600,00 ou R$ 1.200,00 para mães chefes de família nos meses de abril, maio e junho. Caso o auxílio seja prorrogado com valores menores do que os atuais R$ 600, deverá ter novo projeto aprovado pela Câmara e Senado.
Novas parcelas serão reduzidas
Segundo fontes internas do governo, a ideia de estender o pagamento por mais três meses em parcelas reduzidas e decrescentes está sendo considerada por Bolsonaro. Agora a informação foi confirmada pelo próprio presidente que disse estar analisando a proposta. Dessa forma, os beneficiários receberiam parcelas de R$ 500,00 em julho, de R$ 400,00 em agosto e mais R$ 300,00 em setembro, findando o programa.
"Nós vamos. Não está definido ainda, os números, mas nós vamos prorrogar por mais dois meses um auxílio que vai partir para uma adequação. Não é... Então serão R$ 1.200 em 3 parcelas, basicamente deve ser dessa maneira. Deve ser. Estamos estudando. R$ 500, R$ 400, e R$ 300. Vão perfazer em dois meses", afirmou Bolsonaro.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, que também participou da live também citou o pagamento de três parcelas com redução no valor.
"Tinham brasileiros que nunca haviam pedido ajuda pra ninguém. A faxineira, o menino que vendia bala... esse pessoal estava desatendido. Estamos agora no sábado pagando mais uma parcela do auxílio emergencial para 60 milhões de brasileiros, deste sábado até o sábado que vem", disse o ministro. "E serão mais R$ 1.200 em três parcelas: 500, 400 e 300", completou.
A intenção de cortar o benefício de forma gradual já foi defendida tanto pelo presidente quanto pelo ministro Guedes. Entretanto, até o momento Bolsonaro havia falado somente no pagamento de uma 4ª e 5ª parcelas no valor de R$ 300,00.
Auxílio pode virar Renda Brasil
Também nos bastidores a equipe econômica fala em lançar um novo programa de auxílio financeiro chamado de Renda Brasil. A ajuda seria destinada a parcela carente da população que se cadastrou para receber o benefício de R$ 600,00 durante esses três meses.
De acordo com estudos do Ministério da Economia o programa teria o custo de R$ 15 bilhões ao mês e chegaria até 50 milhões de brasileiros com o pagamento de uma parcela de R$ 300,00 mensais. A ideia inicial é de que o Renda Brasil venha para substituir os atuais programas de transferência de renda como Bolsa Família, o Benefício de Prestação Continuada, o Abono Salarial, o Seguro-Defeso e outros.
"Nós vamos começar agora uma aterrissagem com uma unificação de vários programas sociais e o lançamento de um Renda Brasil, que o presidente vai lançar porque aprendemos também durante essa crise que havia 38 milhões de brasileiros invisíveis e que também merecem ser incluídos no mercado de trabalho", afirmou o ministro Paulo Guedes.
DPU auxilia pessoas a recorrer
Para quem teve o auxílio negado, mas preenche os requisitos para receber o auxílio, desde a última segunda-feira, 22 de junho, a Defensoria Pública da União (DPU) está atuando em parceria com o Ministério da Cidadania para auxiliar os brasileiros que precisam contestar o resultado negado. A medida visa solucionar os casos sem que haja necessidade de iniciar um processo judicial.
A DPU informou ainda que serão quatro as situações em que o pedido do auxílio emergencial poderá ser contestado no órgão - veja mais de como recorrer na DPU e quais documentos levar.
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