Setembro trouxe boas notícias para o consumidor brasileiro, especialmente aqueles que estão de olho nas despesas da feira. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou recentemente um relatório que revela uma tendência de queda nos preços de alimentos em 11 grandes centrais de abastecimento (Ceasa) nas capitais do país. Veja abaixo os destaques desta pesquisa.

Esses dados estatísticos do Boletim Prohort da Conab são coletados nas Centrais de Abastecimento localizadas em várias cidades do Brasil. Essas informações auxiliam os consumidores e também os agricultores, entendendo melhor o comportamento do mercado.

Batata: a campeã da economia

O relatório da Conab mostra que a batata liderou a redução de preços em todas as Ceasas analisadas, com uma queda média de 25,35% em relação ao mês anterior. As cidades de Rio Branco-AC e Rio de Janeiro-RJ registraram as maiores reduções, com -21,21% e -19,11%, respectivamente.

A safra de inverno parece ser a principal razão por trás desses números, mantendo a oferta em níveis elevados. É interessante notar que, pela quarta vez este ano, a quantidade de batatas comercializadas ultrapassou 100 mil toneladas, um aumento de 1,2% em relação a julho.

Alface: preço em queda e maior disponibilidade

A alface também entrou na lista dos alimentos mais acessíveis, apresentando uma tendência declinante pelo terceiro mês consecutivo. Em agosto, a média ponderada caiu 19,61% em relação a julho, enquanto as vendas subiram 9% no mesmo período.

Um fator interessante é que a oferta de alface nos mercados atacadistas estava em seu ponto mais baixo em junho e julho, e a recuperação em agosto está relacionada às temperaturas mais elevadas em todo o país.

Cenoura, cebola e tomate: quedas moderadas

A cenoura, cebola e tomate também viram seus preços médios diminuírem, embora em proporções menores. A cenoura teve uma queda média ponderada de -7,97%, a cebola caiu -6,56%, e o tomate registrou uma diminuição de -2,56%.

A cenoura teve uma oferta abundante em todas as áreas produtoras, não exercendo pressão sobre a oferta mineira, que é a principal fornecedora das Ceasas. A cebola também teve uma oferta robusta nas Ceasas, o que resultou em preços mais baixos.

Quanto ao tomate, a variação na oferta local levou a movimentos de preços decrescentes na primeira quinzena e crescentes na segunda quinzena. As flutuações nas temperaturas, afetando a maturação, explicam essas oscilações.

Você pode conferir ainda o boletim completo disponibilizado pelo governo referente ao mês de setembro e aos meses anteriores.