Nesta quinta-feira (25), Dia da Indústria, o vice-presidente da república e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, anunciou durante entrevista à imprensa no Palácio do Planalto que o governo vai zerar impostos de carros 0Km de até R$ 120 mil o que vai resultar numa redução de até 10,79% no preço final do veículo.

Alckmin também espera que agora, após a aprovação do novo Regime Fiscal, o Banco Central inicie a curva de redução de juros na próxima reunião, marcada para os dias 20 e 21 de junho, facilitando o crédito e reaquecendo a economia como um todo.

O vice-presidente disse ainda que a indústria hoje está 'super-tributada' e que a reforma tributária vai melhorar isso. A exportação acaba tendo tributação indireta e onsequentemente, acumulando crédito. Segundo Alckmin, o Regime Fiscal ajudará na exportação, acabando com a cumulatividade, simplifica a questão tributária, diminui judicialização e ajuda a economia do país.

Reunião com empresas e montadoras brasileiras

Na ocasião, o presidente Lula reuniu os setores da indústria, juntamente com as principais montadoras do Brasil, trabalhadores e as principais centrais sindicais, assim como alguns ministros para debater medidas.

A indústria automotiva está tendo uma queda nas vendas nos últimos tempos. Atualmente , 70% do valor do veículo é pago à vista, ou seja, aqueles que não tem o dinheiro à vista, acabam não adquirindo o veículo, e assim, há um envelhecimento da frota e enfraquecimento da indústria.

Outro anúncio feito pelo vice-presidente é de que o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deverá investir cerca de R$ 4 bilhões, sendo R$ 2 bilhões para exportação e outros R$ 2 para exportadores investirem em modernização das empresas. Com isso, o Tesouro Nacional não terá nenhum custo, já que a moeda em dólar protege o credor e tem uma taxa menor para quem pega o empréstimo.

Benefícios para a compra de carro 0km no Brasil

Geraldo Alckmin anunciou que para veículos acima de R$ 120 mil, nada muda. O que será levado em consideração para que o automóvel tenha um valor menor a partir do mês de Junho, será:

  • Fator social: atualmente, o carro mais barato custa, em média, R$ 70 mil. Desta forma, o Governo Federal pretende reduzir este valor, com descontos do Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI e o PIS/Cofins sobre o preço destes carros. Quanto mais barato, maior o desconto;
  • Fator Ambiental - Eficiência Energética: o Governo pretende premiar e estimular as empresas que trabalham com redução de poluição, com carros que poluem menos, com menor produção de CO2 (Dióxido de Carbono) tendo desconto maior;
  • Fator Industrial - Densidade Industrial: como a indústria global está em busca de fortalecimento, será levado em consideração as empresas que produzem mais em território nacional.

Assim, o desconto máximo para o comprador pode chegar a 10,79% no carro 0 Km e o menor será de 1,5%. Dentro desta faixa, entrarão estas 3 considerações do Governo. No entanto, o vice-presidente ressaltou que o desconto ainda poderá ser maior, levando em consideração a venda direta da indústria, como produtores rurais e empresas (CNPJ).

Além disso, esses descontos terão tempo limitado. Com isso, a Fazenda solicitou um prazo de até 15 dias para que possa fortalecer a questão fiscal e dar seu parecer e assim criar a Medida Provisória. A nova política valerá assim que a MP sair no Diário Oficial da União.