O IBGE divulgou hoje os dados da inflação de outubro. No mês, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou aumento de 0,56%, superando a taxa de setembro, de 0,44%. A forte aceleração já mexe nos mercados - o IBOV, índice das ações da bolsa brasileira despenca 2% nesta sexta-feira, com o governo ainda não divulgando onde irá cortar gastos para acomodar os ânimos dos investidores.
Agora, após o aumento da taxa SELIC para 11,25% na última quarta, justamente para tentar conter a alta da inflação futura, o IPCA acumula uma alta de 3,88% em 2024 e estoura o teto da meta de 4,5%, chegando a 4,76% nos últimos 12 meses. Em comparação com outubro do ano passado, a variação foi de 0,24%.
IPCA | Índice |
Outubro de 2024 | 0,56% |
Setembro de 2024 | 0,44% |
Outubro de 2023 | 0,24% |
Acumulado no ano | 3,88% |
Acumulado nos últimos 12 meses | 4,76% |
O que sugiu e o que caiu
Entre os nove grupos de produtos e serviços analisados, o segmento de Habitação (1,49%) e de Alimentação e Bebidas (1,06%) foram os que mais contribuíram para o aumento da inflação, cada um com impacto de 0,23 ponto percentual (p.p.) no índice geral.
No outro extremo, o grupo de Transportes registrou queda de 0,38%.
Resumo da Variação por Grupo:
- Alimentação e Bebidas: 1,06% (0,23 p.p.)
- Habitação: 1,49% (0,23 p.p.)
- Transportes: -0,38% (-0,08 p.p.)
- Despesas Pessoais: 0,70% (0,07 p.p.)
Grupo | Outubro |
Índice Geral | 0,56 |
Alimentação e bebidas | 1,06 |
Habitação | 1,49 |
Artigos de residência | 0,43 |
Vestuário | 0,37 |
Transportes | -0,38 |
Saúde e cuidados pessoais | 0,38 |
Despesas pessoais | 1 |
Educação | 0,04 |
Comunicação | 0,52 |
O grupo Habitação foi impulsionado pelo aumento de 4,74% na energia elétrica residencial, devido à aplicação da bandeira tarifária vermelha patamar 2, com taxa adicional de R$ 7,877 a cada 100 kWh consumidos. Outros reajustes na energia elétrica também contribuíram, como o aumento de 9,62% em Goiânia e 5,49% em Brasília.
Dentro do grupo Alimentação e Bebidas, a alimentação em domicílio apresentou alta de 1,22%, destacando-se o aumento das carnes (5,81%), especialmente nos cortes de acém (9,09%), costela (7,40%) e contrafilé (6,07%). Em contraste, frutas como manga (-17,97%) e mamão (-17,83%) tiveram redução de preços.
No caso da alimentação fora do domicílio, a variação foi de 0,65%, impulsionada pela refeição (0,53%) e pelo lanche (0,88%).
O grupo de Transportes apresentou recuo de 0,38%, influenciado principalmente pela redução de 11,50% nas passagens aéreas. Além disso, houve quedas nos preços do etanol (-0,56%), óleo diesel (-0,20%) e gasolina (-0,13%).
A área de Saúde e cuidados pessoais também pesou (0,38%). Esse aumento ocorreu devido a reajustes autorizados pela ANS para planos contratados antes da Lei nº 9.656/98, com efeito retroativo a partir de julho, incluindo as frações mensais de julho a outubro.
Regiões com maiores e menores variações
Entre as regiões, Goiânia apresentou a maior alta do IPCA em outubro (0,80%), devido ao aumento da energia elétrica residencial (9,62%). Por outro lado, Aracaju registrou a menor variação (0,11%), refletindo a queda na gasolina (-2,88%) e no transporte urbano (-6,22%).
Região | Peso Regional (%) | Variação (%) | Variação Acumulada (%) | ||
Setembro | Outubro | Ano | 12 meses | ||
Goiânia | 4,17 | 1,08 | 0,8 | 4,3 | 5,08 |
Belém | 3,94 | 0,18 | 0,78 | 3,57 | 4,47 |
Campo Grande | 1,57 | 0,58 | 0,7 | 3,96 | 4,89 |
Brasília | 4,06 | 0,26 | 0,68 | 3,35 | 4,57 |
São Paulo | 32,28 | 0,36 | 0,67 | 4,05 | 5,05 |
Rio de Janeiro | 9,43 | 0,53 | 0,6 | 3,58 | 4,84 |
São Luís | 1,62 | 0,6 | 0,57 | 5,42 | 5,46 |
Rio Branco | 0,51 | 0,75 | 0,55 | 3,4 | 4,38 |
Vitória | 1,86 | 0,49 | 0,5 | 3,56 | 4,57 |
Recife | 3,92 | 0,17 | 0,5 | 3,57 | 3,48 |
Belo Horizonte | 9,69 | 0,51 | 0,5 | 5,1 | 6,23 |
Salvador | 5,99 | 0,28 | 0,48 | 3,46 | 4,15 |
Fortaleza | 3,23 | 0,3 | 0,46 | 3,78 | 4,97 |
Curitiba | 8,09 | 0,77 | 0,42 | 3,55 | 3,78 |
Porto Alegre | 8,61 | 0,39 | 0,16 | 3,02 | 3,81 |
Aracaju | 1,03 | 0,07 | 0,11 | 3,87 | 3,77 |
Brasil | 100 | 0,44 | 0,56 | 3,88 | 4,76 |
INPC de outubro sobe 0,61%
Já o outro índice, o INPC registrou alta de 0,61%, acima dos 0,48% de setembro. No acumulado do ano, o índice aumentou 3,92% e, nos últimos 12 meses, 4,60%, superando os 4,09% dos 12 meses anteriores. Alimentos subiram 1,11%, acelerando em relação a setembro (0,49%), enquanto itens não alimentícios aumentaram 0,45%, ligeiramente abaixo dos 0,48% de setembro.
Regionalmente, Goiânia teve a maior alta (0,94%), impulsionada pelo tomate (26,88%) e pela energia elétrica (9,76%). Em Aracaju, a menor variação (0,09%) foi influenciada pelas quedas no preço do ônibus urbano (-6,22%) e da gasolina (-2,88%).
Região | Peso Regional (%) | Variação (%) | Variação Acumulada (%) | ||
Setembro | Outubro | Ano | 12 meses | ||
Goiânia | 4,43 | 1,05 | 0,94 | 4,46 | 5,5 |
Brasília | 1,97 | 0,41 | 0,89 | 3,81 | 4,6 |
São Paulo | 24,6 | 0,44 | 0,87 | 4,01 | 4,66 |
Campo Grande | 1,73 | 0,59 | 0,77 | 3,88 | 4,7 |
Belém | 6,95 | 0,22 | 0,69 | 3,85 | 4,48 |
Rio Branco | 0,72 | 0,7 | 0,64 | 3,84 | 4,57 |
Rio de Janeiro | 9,38 | 0,59 | 0,61 | 3,35 | 4,56 |
Vitória | 1,91 | 0,56 | 0,58 | 4,01 | 4,58 |
São Luís | 3,47 | 0,64 | 0,55 | 5,19 | 5,19 |
Salvador | 7,92 | 0,27 | 0,53 | 3,2 | 3,79 |
Curitiba | 7,37 | 0,93 | 0,52 | 3,87 | 3,94 |
Belo Horizonte | 10,35 | 0,51 | 0,48 | 5,34 | 6,48 |
Fortaleza | 5,16 | 0,36 | 0,41 | 3,68 | 4,89 |
Recife | 5,6 | 0,18 | 0,4 | 3,33 | 3,17 |
Porto Alegre | 7,15 | 0,42 | 0,18 | 3,25 | 3,91 |
Aracaju | 1,29 | 0,08 | 0,09 | 3,92 | 3,69 |
Brasil | 100 | 0,48 | 0,61 | 3,92 | 4,6 |
O índice INPC considera famílias com renda entre 1 e 5 salários mínimos, abrangendo dez regiões metropolitanas, além de algumas cidades brasileiras.
Qual foi o IPCA de outubro de 2024?
Em outubro de 2024, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), registrou aumento de 0,56%, superando a taxa de setembro de 0,44%. Com isso, o IPCA acumula uma alta de 3,88% no ano e de 4,76% nos últimos 12 meses
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