Será que o programa habitacional Minha Casa, Minha Vida está mesmo ameaçado de acabar? Recentemente, o governo Lula editou uma Medida Provisória (MP) alterando as regras do programa para facilitar a oferta de imóveis para as famílias mais carentes.
No entanto, na última quarta-feira (26), parlamentares se reuniram para discutir os possíveis impactos no Minha Casa, Minha Vida caso a mudança na taxa de remuneração do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) seja aprovada no STF.
A questão está atualmente em julgamento pelo Supremo na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5090, que questiona a legalidade da utilização da Taxa Referencial (TR) como índice de correção do FGTS.
Julgamento em andamento
A ADI 5090 busca substituir a TR como índice de correção do FGTS por uma taxa que leve em conta a perda inflacionária, como o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Até agora, dois ministros votaram a favor da mudança, e o julgamento, iniciado na quinta-feira passada (20), seria retomado na quinta (27). O tema também foi discutido na comissão mista da MP 1162/23, que prorroga o programa habitacional Minha Casa, Minha Vida e tem validade até 14 de junho.
Durante a reunião, os parlamentares defenderam que, caso a ADI seja aprovada e a TR seja substituída pelo INPC como índice de correção do FGTS, isso terá impactos negativos na capacidade de financiamento da União ao programa, uma vez que o governo terá que arcar com parte da correção.
Isso ocorre porque o fundo, responsável por metade dos recursos do MCMV, deve aportar R$ 9,5 bilhões em 2023, de acordo com o governo.
Qual o motivo para o Minha Casa, Minha Vida acabar?
O argumento de vários deputados é que a mudança na remuneração do FGTS pode acabar com a função social do Minha Casa, Minha Vida. O relator da MP, deputado Marangoni (União-SP), discorda da ADI e defende a manutenção da taxa atual de remuneração (TR + 3%), alegando que esta tem garantido "rendimento ao cotista muito similar à poupança" nos últimos quatro anos.
O deputado alertou para a possibilidade de fim do Minha Casa, Minha Vida caso a ADI 5090 seja aprovada e a remuneração seja pela poupança, o que encareceria os empréstimos ao beneficiário. Ele ressaltou que a indexação pela TR mais 3% garantiu um rendimento ao trabalhador e que o fundo teria a função de subsidiar programas do governo que emprestam recursos a juros mais baixos.
O deputado Silvio Costa (Republicanos-PE) propôs uma "blindagem" dos recursos do FGTS como forma de garantir a segurança jurídica do programa Minha Casa, Minha Vida. Ele destacou a importância de proteger os recursos do fundo para evitar riscos que possam prejudicar o financiamento do programa. "Muitos projetos dependem desses recursos, e a incerteza de sua disponibilidade pode afetar a construção civil", afirmou Costa em entrevista à Agência Câmara de Notícias.
O programa Minha Casa, Minha Vida vai acabar?
Na última quarta-feira (26), parlamentares se reuniram para discutir os possíveis impactos no Minha Casa, Minha Vida em caso de mudança na taxa de remuneração do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
Qual o motivo para o Minha Casa, Minha Vida acabar?
O argumento de vários deputados é que a mudança na remuneração do FGTS pode acabar com a função social do MCMV. O relator da MP, deputado Marangoni (União-SP), discorda da ADI e defende a manutenção da taxa atual de remuneração (TR + 3%), alegando que esta tem garantido "rendimento ao cotista muito similar à poupança" nos últimos quatro anos.
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