Já podem ser consultados os nomes dos beneficiários que receberam o Auxílio Emergencial pago pelo governo. Após várias denúncias de que algumas pessoas haviam recebido o benefício mesmo não se enquadrando nos requisitos do programa, o governo federal criou uma página lançada pelo Portal da Transparência e gerenciada pela Controladoria-Geral da União (CGU) para consulta nominal dos beneficiários. A plataforma foi desenvolvida em conjunto com o Ministério da Cidadania e traz o detalhamento de quem recebeu o auxílio, atualizada mensalmente.
A consulta pode ser feita pelo nome da pessoa, CPF e Número de Identificação Social (NIS). Além disso é possível filtrar a busca dos dados por estado/município e mês - faça aqui a consulta. A lista conta com mais de 63,5 milhões de beneficiários dos grupos do Bolsa Família, Inscritos no Cadastro Único e dos que se cadastraram pelo aplicativo e site da Caixa pedindo o auxílio.
Os dados detalham um valor de R$ 38,1 bilhões em recursos do governo federal. O site da CGU apresentou instabilidade em certos momentos do dia, tendo em vista o alto número de requisições. Caso você não consiga acessá-lo agora, tente mais tarde. A busca é feita em tempo real.
Nas redes sociais, o Ministério da Economia divulgou a possibilidade agora da consulta dos beneficiários do programa:
Waldery Rodrigues: "Toda sociedade pode consultar no Portal da Transparência quantos beneficiários receberam. Temos esse zelo para que ninguém fique descoberto. Mantemos o Bolsa Família na íntegra, ninguém ficou de fora. Ninguém ficará descoberto."
— Ministério da Economia (@MinEconomia) June 5, 2020
O Portal oferece também a possibilidade de realizar denúncias sobre fraudes relacionadas ao benefício. Na página com detalhamento das informações de cada beneficiário está disponível um link direcionando para uma denúncia que vai direto para o Ministério da Cidadania. Até então era possível denunciar fraudes e problemas relacionados ao auxílio emergencial pelo telefone 121 do Ministério da Cidadania e pela plataforma Fala.BR.
Por que o auxílio emergencial foi cancelado para alguns?
Enquanto aguardavam pela 2ª parcela do pagamento muitos beneficiários receberam no lugar do dinheiro o aviso de que o seu auxílio emergencial havia sido cancelado. O fato pegou os cidadãos de surpresa após o sistema apresentar divergências no cadastro.
Isso ocorreu porque segundo o Ministério da Cidadania a checagem e atualização da base de dados do governo é feita mensalmente pela pasta e pela Dataprev e, assim que identificada alguma informação que gere conflito com os critérios para receber os R$ 600,00, o auxílio é cancelado. Um exemplo disso é o caso daqueles que chegaram a receber a primeira parcela do pagamento mas conseguiram um emprego formal após isso e já não se encaixa nas regras de concessão do auxílio.
A boa notícia é que para aqueles que tiveram o benefício cancelado, mas discordam dos motivos apresentados existe a opção de contestar a decisão. Neste post ensinamos o passo a passo para realizar a contestação do benefício cancelado, confira.
Auxílio terá agora 5 parcelas
O presidente Jair Bolsonaro confirmou que vai prorrogar o auxílio emergencial por mais dois meses. Bolsonaro afirmou em live que o pagamento do benefício já estaria acertado com o Ministro da Economia. "Vai ter, também, falei com o Paulo Guedes, a quarta e a quinta parcela do auxílio emergencial. Vai ser menor do que os R$ 600, para ir aí partindo exatamente para um fim", disse o presidente.
Segundo fontes do governo, as duas parcelas adicionais do auxílio emergencial, esperadas para julho e agosto, devem chegar com valor de R$ 300,00. A redução no valor das futuras parcelas vem sendo levantada por Bolsonaro e Guedes devido ao alto custo mensal do pagamento, que gira em torno de R$ 51,5 bilhões.
A ampliação do benefício está sendo estudada pela equipe econômica do governo que deve editar uma medida provisória para definir novas regras, visto que a lei que regulamenta o auxílio emergencial prevê a possibilidade de prorrogar o benefício, mas pelo valor atual de R$ 600,00. Agora, o governo deve discutir com o congresso nacional como será o prolongamento do auxílio e de quanto será o valor.
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